sábado, 16 de janeiro de 2016

O Papa não gosta das mulheres?
Por elas, nem uma palavra. Não mais do que se elas jamais tivessem existido, essas centenas de mulheres alemãs, violentadas, agredidas sexualmente por uma turba formada por cerca de mil homens de origem magrebina, em sua maioria “refugiados”. Os votos do Papa ao corpo diplomático (votos quase que inteiramente consagrados aos imigrantes!) não trazem qualquer alusão ao fato. Por outro lado, o soberano pontífice continuou a exortar a Europa a permanecer acolhedora e a perpetuar-se como o “farol da humanidade”.
O Papa Francisco exortou os europeus a “vencer seu medo” aos imigrantes, “apesar das inevitáveis dificuldades”. Será isso uma alusão? As agressões sexuais em massa, utilizadas como arma de guerra para aterrorizar as populações invadidas, serão uma das “inevitáveis dificuldades” da acolhida de imigrantes às quais devemos nos acostumar?
O acontecimento monumental de Colônia (mas também os de Estocolmo, Hamburgo, Düsseldorf, Bielefeld, e ainda os da Finlândia, Áustria, Suécia, a qual reconhece haver mantido oculta uma vaga de casos de agressão sexual) não muda em nada o discurso ideológico e sentimental-humanista do Papa. Nada o mudará no menor detalhe.
A compaixão e a caridade pontificiais atuam apenas em um sentido. Se uma única refugiada tivesse sido violada por um policial alemão, pode-se imaginar a gritaria internacional e as condenações mundiais consequentes. Mas as palavras dolorosas e o pranto dessas mulheres alemãs, seu terror, sua humilhação, e a cólera que nos arrebata, são coisas sem valor. O grito “de Raquel que chora por seus filhos”, citado por Francisco, é exclusivamente o grito dos imigrantes.
Assim como todas as comparações com o Antigo Testamento, do qual o Papa alimentou o seu discurso, o exílio do Paraíso terrestre, a marcha à terra prometida, passando pelo Êxodo e pela fuga do Egito, tudo isso são parábolas para os imigrantes em busca de “uma terra na qual correm leite e mel”. Imagem significativa, quando se sabe como esses bárbaros serviram-se durante o réveillon.
E o soberano pontífice deseja que a Itália dê o exemplo: “Espero que o tradicional senso de hospitalidade e a solidariedade que distinguem o povo italiano não esmoreçam diante das inevitáveis dificuldades do momento, mas que, à luz de sua tradição multimilenar, esse povo seja capaz de acolher e de integrar o aporte social, econômico e cultural que os imigrantes podem oferecer”. Quer dizer, a destruição da cultura multimilenar desse povo acolhedor – pela imigração e pelo multiculturalismo.

Do http://novopress.info/
Tradução: Alexandre Müller Ribeiro

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