Em comunicado, chefe da diplomacia europeia disse que morte de líder xiita pode trazer “perigosas consequências” para uma região já marcada por tensões
"O caso específico do xeque Nimr al-Nimr levanta sérias preocupações
relativamente à liberdade de expressão e ao respeito de direitos civis e
políticos básicos, que devem ser salvaguardados em qualquer situação,
mesmo no âmbito da luta contra o terrorismo", disse a chefe da
diplomacia europeia, Federica Mogherini, em comunicado.
"Este caso tem também potencial para inflamar mais ainda as tensões sectárias que já causam tantos danos em toda a região, com consequências perigosas", acrescenta a nota.
Uma das 47 pessoas executadas neste sábado na Arábia Saudita, o clérigo de 56 anos era um carismático líder religioso que proferia discursos inflamados exigindo mais direitos para a sua minoria no reino liderado por sunitas. Al-Nimr era um dos impulsionadores dos protestos que se iniciaram em 2011 no Leste do país, e a sua execução desencadeou uma reação de ira por todo o Oriente Médio.
Entre os outros executados, estavam sunitas condenados por envolvimento em ataques da Al-Qaeda.O governo saudita afirmou que todos os 47 eram culpados de adotar ideias radicais, tendo-se juntado a "organizações terroristas"
A execução do clérigo irritou o Irã, rival regional da Arábia Saudita que é governado por xiitas. Segundo a rede britânica BBC, o governo iraniano afirmou que o regime saudita vai "pagar caro" pela execução de Nimr. Um porta-voz do ministro das Relações Exteriores do Irã disse ainda que Riad "apoia terroristas, enquanto executa e reprime os críticos dentro do país".
Embaixador - A Arábia Saudita chegou a convocar neste sábado o embaixador iraniano em Riade e fez um forte protesto contra declarações "hostis" do Irã sobre as execuções feitas pelos sauditas, informou a agência de notícias estatal SPA.
O ministério expressou "admiração do reino e sua rejeição completa pelas demonstrações hostis que consideram uma intervenção flagrante nos assuntos do reino".
Ainda neste sábado, a embaixada da Arábia Saudita em Teerã, capital do Irã, foi atacada por grupos de manifestantes que protestavam contra a execução de Nimr Baqir al Nimr.
Os manifestantes se reuniram em frente à embaixada saudita gritando palavras de ordem contra o país. Algumas pessoas conseguiram entrar momentaneamente na sede da missão diplomática, onde foram registrados pequenos incêndios em seu interior devido ao lançamento de coquetéis molotov que, no entanto, foram controlados pelos bombeiros.
"Este caso tem também potencial para inflamar mais ainda as tensões sectárias que já causam tantos danos em toda a região, com consequências perigosas", acrescenta a nota.
Uma das 47 pessoas executadas neste sábado na Arábia Saudita, o clérigo de 56 anos era um carismático líder religioso que proferia discursos inflamados exigindo mais direitos para a sua minoria no reino liderado por sunitas. Al-Nimr era um dos impulsionadores dos protestos que se iniciaram em 2011 no Leste do país, e a sua execução desencadeou uma reação de ira por todo o Oriente Médio.
Entre os outros executados, estavam sunitas condenados por envolvimento em ataques da Al-Qaeda.O governo saudita afirmou que todos os 47 eram culpados de adotar ideias radicais, tendo-se juntado a "organizações terroristas"
A execução do clérigo irritou o Irã, rival regional da Arábia Saudita que é governado por xiitas. Segundo a rede britânica BBC, o governo iraniano afirmou que o regime saudita vai "pagar caro" pela execução de Nimr. Um porta-voz do ministro das Relações Exteriores do Irã disse ainda que Riad "apoia terroristas, enquanto executa e reprime os críticos dentro do país".
Embaixador - A Arábia Saudita chegou a convocar neste sábado o embaixador iraniano em Riade e fez um forte protesto contra declarações "hostis" do Irã sobre as execuções feitas pelos sauditas, informou a agência de notícias estatal SPA.
O ministério expressou "admiração do reino e sua rejeição completa pelas demonstrações hostis que consideram uma intervenção flagrante nos assuntos do reino".
Ainda neste sábado, a embaixada da Arábia Saudita em Teerã, capital do Irã, foi atacada por grupos de manifestantes que protestavam contra a execução de Nimr Baqir al Nimr.
Os manifestantes se reuniram em frente à embaixada saudita gritando palavras de ordem contra o país. Algumas pessoas conseguiram entrar momentaneamente na sede da missão diplomática, onde foram registrados pequenos incêndios em seu interior devido ao lançamento de coquetéis molotov que, no entanto, foram controlados pelos bombeiros.
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