terça-feira, 29 de março de 2016

Suspeito de atentados em Bruxelas é liberado por falta de provas
VEJA
Imagem de câmera de segurança do suspeito de ter participato do atentado ao aeroportoImagem de câmera de segurança do suspeito de ter participado do atentado ao aeroporto(Belgian Federal Police/VEJA.com)
O único suspeito detido pelos atentados de Bruxelas, Fayçal Cheffou, foi liberado nesta segunda-feira por falta de provas contra ele, informou um breve comunicado da procuradoria belga. "Os indícios que levaram à prisão da pessoa chamada Fayçal C. não foram sustentados pela evolução da investigação. Em consequência, o afetado foi posto em liberdade pelo juiz de instrução", assinalou o Ministério Público, sem mais detalhes.
O episódio representa mais um fracasso dos investigadores belgas, que vêm sendo criticados pela população e até mesmo por parceiros europeus, como a França. A Bélgica deteve, interrogou e posteriormente liberou o terrorista Salah Abdeslam aproximadamente seis meses antes de ele participar dos atentados de 13 de novembro em Paris. Depois, a polícia demorou quatro meses para recapturá-lo - e Abdeslam esteve nesse tempo todo em Molenbeek, subúrbio de Bruxelas.
Seis pessoas foram acusadas na Bélgica pelos ataques de terça-feira no aeroporto e em uma estação de metrô. O saldo de mortes subiu para 35 nesta segunda, excluindo os dois homens-bomba do aeroporto e um terceiro que se explodiu em um trem de metrô na hora do rush. Uma caçada por suspeitos em toda a Europa revelou ligações com a rede que realizou o atentado de Paris em novembro passado, e também frustrou um novo ataque em potencial na França na semana passada, disseram autoridades - mas há relatos de que vários suspeitos continuam à solta.
O Estado Islâmico assumiu tanto os atentados de Paris quanto os de Bruxelas, que expuseram fragilidades dos serviços de inteligência da Bélgica, onde alguns dos agressores de Paris moravam, assim como a cooperação insuficiente entre os serviços de segurança europeus.

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