Elo entre black blocs e PCC é ‘inadmissível’, diz ministro da Justiça
Tânia Monteiro - O Estado de S. Paulo
BRASÍLIA - O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, afirmou nesta domingo, 1, que é “inadmissível” a associação de esforços entre os black blocs com a facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) para transformar a Copa do Mundo “em um caos”. A união com o objetivo de prejudicar o andamento do evento foi citada pelos próprios manifestantes em reportagem publicada nesta domingo pelo Estado (clique aqui para ler).
“É inadmissível a união pelo crime”, desabafou Cardozo, em entrevista ao Estado. “É inadmissível que pessoas queiram se associar ao crime para fazer reivindicações”, declarou. E avisou: “Não toleraremos abuso de qualquer natureza, e as pessoas que praticarem ilícitos responderão nos termos da lei penal”. O ministro da Justiça, José Eduardo CardozoAndré Dusek/Estadão
Cardozo assegurou que o governo está monitorando todos os setores considerados estratégicos, que poderão criar algum tipo de problema, e salientou que “existe uma cooperação entre os serviços de inteligência dos governos federal e estadual para acompanhar as mais diversas situações”.
Apesar de os jovens que deram entrevista ao Estado dizerem que não são monitorados pela polícia, o ministro informou, sem dar detalhes, que o governo vigia diversos segmentos. Salientou ainda que todos os setores das instâncias governamentais estão integrados e “preparados para todas as situações” e que todas as medidas de segurança foram tomadas.
“Estamos muito seguros de que teremos bom padrão de segurança na Copa e estamos preparados para enfrentar situações dessa natureza”, afirmou Cardozo.
‘Equívoco’. O ministro da Justiça criticou ainda a motivação dos jovens para fazer as manifestações - eles alegam que esta era uma forma de exigir que o Estado prestasse os serviços direito para a população. “Se alguém acha que vai melhorar o mundo com esse tipo de método, incorre em um equívoco reprovável por toda a sociedade brasileira”, afirmou Cardozo, acentuando que “a lei existe e será cumprida”.
Após afirmar que a Copa das Confederações, no ano passado, serviu de “excelente preparação para Copa do Mundo”, o ministro citou que há um bom número de pessoas envolvidas preparadas e a postos para evitar danos às pessoas e ao patrimônio.
Ele lembrou que as manifestações são permitidas e fazem parte da democracia, mas que o governo não vai tolerar excessos. “O que temos de fazer sempre é evitar é o abuso, o abuso de qualquer natureza. Por isso, temos dialogado muito com as polícias dos Estados e isso me leva a crer que teremos uma intervenção pronta e eficiente das autoridades policiais.”
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