Rodrigo Constantino - VEJA
A entrevista nas páginas amarelas de Veja esta semana é com Ricardo Ferraço, do PMDB capixaba e presidente da Comissão de Relações Exteriores do Senado. O entrevistador é Duda Teixeira, que soube levantar pontos muito importantes e extrair do entrevistado declarações firmes sobre o “apagão” em nossa política externa sob o governo Dilma.
Para Ferraço, o Itamaraty se “apequenou”
durante esse governo, nunca teve tão pouco prestígio como agora. Muitos
diplomatas, segundo Ferraço, estão tendo de se submeter a essa lógica
bolivariana para manter o cargo e o salário. É uma acusação muito grave,
que apenas confirma aquilo que muitos já desconfiavam.
Por trás dessa destruição do Itamaraty
estaria o “chanceler de fato”, Marco Aurélio Garcia, assessor especial
para Assuntos Internacionais da Presidência da República e ícone do
bolivarianismo dentro do PT. É ele quem continua dando as cartas na
política externa, garante Ferraço. Garcia é um dos principais ideólogos
do gramscismo no Brasil.
Para o entrevistado, o Brasil carece de
um projeto de nação, e o modelo atual está completamente esgotado. Mesmo
fazendo parte do PMDB, partido que participa do governo, Ferraço diz
ter votado contra a aliança com o PT, e não poupa críticas ao governo
atual. Abaixo, um trecho da entrevista:
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