Rodrigo Constantino
Um caso de agressão a professor virou um
dos assuntos mais comentados esta semana. Márcia Friggi, de Santa
Catarina, foi espancada por um adolescente de apenas 15 anos, e postou
as fotos de seu olho roxo na sua página pessoal. As imagens chocantes se
tornaram virais.
Ao mesmo tempo, holofotes foram jogados
sobre a vítima, e o país passou a conhecer melhor seu perfil. O que veio
à tona não foi agradável. Ocorre que ela mesma já tinha incitado
violência contra políticos de direita. Havia postagens com ela
festejando a ovada que Bolsonaro recebeu, e outra ainda pior, em que ela
dizia:
“Não suporto mi-mi-mi e acho que um
pouco de violência é melhor que a passividade perniciosa. […] Conte
comigo inclusive pra partir pra porrada, porque tem muita gente
merecendo um olho roxo”.
Numa entrevista à Rádio Gaúcha, os
jornalistas tentaram questioná-la sobre tais comentários, mas ela
automaticamente mudou o tom, chamou o entrevistador de “nazista”, disse
que ovada contra “fascistas” era uma atitude revolucionária, e
interrompeu a entrevista de forma intolerante.
O caso todo mereceu tanta repercussão
pois expõe o grau de hipocrisia e fanatismo da extrema-esquerda. A
professora, mesmo depois de apanhar, insiste em sua visão que transforma
a violência, quando vem da esquerda, em algo “redentor”. É exatamente a
linha de raciocínio dos black blocs, do MST, da CUT, da Antifa e do
Black Lives Matter.
Como eles estão combatendo o “fascismo”,
então tudo bem adotar os métodos… fascistas! É o “fascismo do bem”.
Além disso, vale lembrar que a própria esquerda fomentou esse ambiente
de anarquia e desrespeito em sala de aula, desde o comunista Paulo
Freire, que levou a “luta de classes” marxista para dentro da escola.
Muitas escolas e universidades se
transformaram em antros de vagabundos, terra sem lei, sem qualquer
limite ou respeito pelo professor. Muitos militantes partidários,
doutrinadores ideológicos, disfarçaram-se de professores para praticar
lavagem cerebral nos alunos e incitar manifestações ou “ocupações”
contra o governo que não gostam, que não é socialista.
Em suma, a esquerda radical vem
plantando vento há décadas, e agora colhe tempestade, quando uma do
grupo se torna alvo da barbárie que ajudou a produzir. Até mesmo na hora
de punir o agressor vem o dilema: a mesma esquerda vive defendendo os
marginais menores de idade, e o garoto ficará impune.
Maria do Rosário vai defender o menor
agressor ou a mulher agredida? E se Bolsonaro, que prega mais firmeza na
punição a todos os bandidos, disser que a professora petista não merece
apanhar, ele será processado por isso?
O mais assustador de tudo, claro, é pensar que essa gente ensina nossas crianças por aí. Como ter esperanças?
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