terça-feira, 29 de agosto de 2017

Colhendo tempestade 
Rodrigo Constantino
Um caso de agressão a professor virou um dos assuntos mais comentados esta semana. Márcia Friggi, de Santa Catarina, foi espancada por um adolescente de apenas 15 anos, e postou as fotos de seu olho roxo na sua página pessoal. As imagens chocantes se tornaram virais.
Ao mesmo tempo, holofotes foram jogados sobre a vítima, e o país passou a conhecer melhor seu perfil. O que veio à tona não foi agradável. Ocorre que ela mesma já tinha incitado violência contra políticos de direita. Havia postagens com ela festejando a ovada que Bolsonaro recebeu, e outra ainda pior, em que ela dizia:
“Não suporto mi-mi-mi e acho que um pouco de violência é melhor que a passividade perniciosa. […] Conte comigo inclusive pra partir pra porrada, porque tem muita gente merecendo um olho roxo”.
Numa entrevista à Rádio Gaúcha, os jornalistas tentaram questioná-la sobre tais comentários, mas ela automaticamente mudou o tom, chamou o entrevistador de “nazista”, disse que ovada contra “fascistas” era uma atitude revolucionária, e interrompeu a entrevista de forma intolerante.
O caso todo mereceu tanta repercussão pois expõe o grau de hipocrisia e fanatismo da extrema-esquerda. A professora, mesmo depois de apanhar, insiste em sua visão que transforma a violência, quando vem da esquerda, em algo “redentor”. É exatamente a linha de raciocínio dos black blocs, do MST, da CUT, da Antifa e do Black Lives Matter.
Como eles estão combatendo o “fascismo”, então tudo bem adotar os métodos… fascistas! É o “fascismo do bem”. Além disso, vale lembrar que a própria esquerda fomentou esse ambiente de anarquia e desrespeito em sala de aula, desde o comunista Paulo Freire, que levou a “luta de classes” marxista para dentro da escola. 
Muitas escolas e universidades se transformaram em antros de vagabundos, terra sem lei, sem qualquer limite ou respeito pelo professor. Muitos militantes partidários, doutrinadores ideológicos, disfarçaram-se de professores para praticar lavagem cerebral nos alunos e incitar manifestações ou “ocupações” contra o governo que não gostam, que não é socialista.
Em suma, a esquerda radical vem plantando vento há décadas, e agora colhe tempestade, quando uma do grupo se torna alvo da barbárie que ajudou a produzir. Até mesmo na hora de punir o agressor vem o dilema: a mesma esquerda vive defendendo os marginais menores de idade, e o garoto ficará impune.
Maria do Rosário vai defender o menor agressor ou a mulher agredida? E se Bolsonaro, que prega mais firmeza na punição a todos os bandidos, disser que a professora petista não merece apanhar, ele será processado por isso?
O mais assustador de tudo, claro, é pensar que essa gente ensina nossas crianças por aí. Como ter esperanças?

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