FSP
Anunciado nesta sexta-feira (24), o pedido de licenciamento
do chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, por razões de saúde, coincide
com as incômodas declarações do advogado José Yunes, amigo do presidente
Michel Temer (PMDB), dando conta de supostos financiamentos irregulares
para a campanha eleitoral do PMDB em 2014.
Yunes prestou esclarecimentos à Procuradoria-Geral da República sobre um episódio mencionado na delação premiada de um ex-executivo da Odebrecht. Amigo de Temer, Yunes diz que recebeu 'pacote' a pedido de Padilha cujo conteúdo diz desconhecer, e que tampouco despertou sua curiosidade.
Como o portador do pacote era ninguém menos do que o doleiro Lucio Funaro, talvez não fosse mesmo prudente -ou necessário- inquirir mais a respeito.
Segundo o ex-funcionário da Odebrecht, teria sido combinada uma doação de R$ 10 milhões da empreiteira ao PMDB, dos quais R$ 4 milhões dirigidos a Padilha. O depoimento de Yunes parece dar consistência a essa versão.
Não é a primeira vez, como se sabe, que políticos pertencentes ao núcleo mais próximo da Presidência se veem às voltas com declarações comprometedoras e suspeitas de irregularidades.
Geddel Vieira Lima e Romero Jucá deixaram, respectivamente, a Secretaria de Governo e o Ministério do Planejamento em circunstâncias constrangedoras, ainda que reste longo processo até eventual confirmação de culpa. Com o licenciamento de Padilha, desfalca-se novamente o círculo de confiança em volta de Temer.
Ainda que não faltem nomes para assumir a articulação política, a notícia não deixa de ser negativa para o governo, num momento em que se aceleram as negociações para a reforma da Previdência.
Provieram da Câmara dos Deputados, ao mesmo tempo, sinais inéditos de descontentamento, relacionados à representação dos partidos no ministério. À turbulência soma-se o recuo do Planalto, por pressões de aliados, na escolha do líder do governo na Casa.
Episódios menores, sem dúvida, num quadro em que, de modo geral, Temer tem obtido significativas vitórias no Legislativo. O desafio que se avizinha, e de que tais inconformidades isoladas são prenúncio, será sem dúvida mais difícil.
Da aprovação da reforma da Previdência -imprescindível, mas impopular- nos próximos meses depende, sem exagero, o futuro de toda a estratégia econômica em curso; exposto às ameaças da Lava Jato e às pressões de seus aliados, o governo Temer passa, a partir de agora, por seu teste mais decisivo.
Yunes prestou esclarecimentos à Procuradoria-Geral da República sobre um episódio mencionado na delação premiada de um ex-executivo da Odebrecht. Amigo de Temer, Yunes diz que recebeu 'pacote' a pedido de Padilha cujo conteúdo diz desconhecer, e que tampouco despertou sua curiosidade.
Como o portador do pacote era ninguém menos do que o doleiro Lucio Funaro, talvez não fosse mesmo prudente -ou necessário- inquirir mais a respeito.
Segundo o ex-funcionário da Odebrecht, teria sido combinada uma doação de R$ 10 milhões da empreiteira ao PMDB, dos quais R$ 4 milhões dirigidos a Padilha. O depoimento de Yunes parece dar consistência a essa versão.
Não é a primeira vez, como se sabe, que políticos pertencentes ao núcleo mais próximo da Presidência se veem às voltas com declarações comprometedoras e suspeitas de irregularidades.
Geddel Vieira Lima e Romero Jucá deixaram, respectivamente, a Secretaria de Governo e o Ministério do Planejamento em circunstâncias constrangedoras, ainda que reste longo processo até eventual confirmação de culpa. Com o licenciamento de Padilha, desfalca-se novamente o círculo de confiança em volta de Temer.
Ainda que não faltem nomes para assumir a articulação política, a notícia não deixa de ser negativa para o governo, num momento em que se aceleram as negociações para a reforma da Previdência.
Provieram da Câmara dos Deputados, ao mesmo tempo, sinais inéditos de descontentamento, relacionados à representação dos partidos no ministério. À turbulência soma-se o recuo do Planalto, por pressões de aliados, na escolha do líder do governo na Casa.
Episódios menores, sem dúvida, num quadro em que, de modo geral, Temer tem obtido significativas vitórias no Legislativo. O desafio que se avizinha, e de que tais inconformidades isoladas são prenúncio, será sem dúvida mais difícil.
Da aprovação da reforma da Previdência -imprescindível, mas impopular- nos próximos meses depende, sem exagero, o futuro de toda a estratégia econômica em curso; exposto às ameaças da Lava Jato e às pressões de seus aliados, o governo Temer passa, a partir de agora, por seu teste mais decisivo.
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