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Opositores dizem que "é impossível considerar um assassino terrorista como um protector, ou como alguém que pode trazer segurança"
Os EUA admitem que é preciso "fazer compromissos" Mikhail Klimentiev/Reuters
A oposição e os rebeldes sírios estão contra qualquer participação de Bashar al-Assad num processo de transição após o fim da guerra na Síria, rejeitando assim a exigência da Rússia e do Irão.
"Seria um fracasso se o regime se mantivesse e se Assad ficasse. Seria também um insulto aos sacrifícios feitos pelo povo sírio e uma falta de respeito pela vontade do nosso povo", afirmou Ahmad Qura Ali, porta-voz do Ahrar al-Sham, um dos mais poderosos grupos radicais islamistas que fazem frente às forças do Presidente sírio.
Mas a resistência ao plano russo e
iraniano alarga-se à oposição moderada e a muitos dos manifestantes que
protestaram nas ruas contra Bashar al-Assad antes da guerra, que já fez
mais de 220.000 mortos nos últimos quatro anos e meio.
Em declarações à AFP, Ibrahim al-Idlibi, um dos que se manifestou contra o regime em Março de 2011, garantiu que os sírios "não aceitarão que Assad fique no poder durante o período de transição".
"É impossível considerar um assassino terrorista como um protector, ou como alguém que pode trazer segurança", disse o activista sírio.
Os opositores de Assad recordam o comunicado da reunião de Genebra I, em 2012, onde as principais potências ocidentais apelaram à constituição de um governo de transição, com plenos poderes, e sem o envolvimento do actual regime.
Apesar de a oposição e os rebeldes sírios (mais moderados ou mais extremistas) não admitirem qualquer papel para Bashar al-Assad, a verdade é que muitos países ocidentais começaram a aproximar-se do plano da Rússia e do Irão. A ideia é que a prioridade passou a ser o combate contra o autoproclamado Estado Islâmico, que luta também contra as forças do Presidente sírio.
Mas este argumento é rejeitado por Mamun Abu Omar, um combatente anti-Assad de Alepo, que foi ouvido pela agência AFP: "O regime favoreceu o crescimento do Estado Islâmico, e a sua expansão na Síria fez-se em detrimento da revolução, e não em detrimento do regime."
Em declarações à AFP, Ibrahim al-Idlibi, um dos que se manifestou contra o regime em Março de 2011, garantiu que os sírios "não aceitarão que Assad fique no poder durante o período de transição".
"É impossível considerar um assassino terrorista como um protector, ou como alguém que pode trazer segurança", disse o activista sírio.
Os opositores de Assad recordam o comunicado da reunião de Genebra I, em 2012, onde as principais potências ocidentais apelaram à constituição de um governo de transição, com plenos poderes, e sem o envolvimento do actual regime.
Apesar de a oposição e os rebeldes sírios (mais moderados ou mais extremistas) não admitirem qualquer papel para Bashar al-Assad, a verdade é que muitos países ocidentais começaram a aproximar-se do plano da Rússia e do Irão. A ideia é que a prioridade passou a ser o combate contra o autoproclamado Estado Islâmico, que luta também contra as forças do Presidente sírio.
Mas este argumento é rejeitado por Mamun Abu Omar, um combatente anti-Assad de Alepo, que foi ouvido pela agência AFP: "O regime favoreceu o crescimento do Estado Islâmico, e a sua expansão na Síria fez-se em detrimento da revolução, e não em detrimento do regime."
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