BELA MEGALE/FLÁVIO FERREIRA - FSP
A defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirma que a reforma do sítio em Atibaia (SP) frequentado por ele e sua família foi "oferecida" pelo pecuarista José Carlos Bumlai, seu amigo pessoal, preso há quatro meses na Operação Lava Jato.
Os advogados de Lula apontam também que o sítio foi adquirido em 2010
por iniciativa de Jacó Bittar, outro amigo de Lula e um dos fundadores
do PT, para que pudesse ser compartilhado com o ex-presidente e seus
parentes após o petista deixar a Presidência da República, no final
daquele ano.
O local serviria para "acomodar" objetos que Lula teria recebido do "povo brasileiro" durante seus dois mandatos.
O advogado de Bumlai, Arnaldo Malheiros, porém, contesta a versão dos defensores de Lula. Procurado pela Folha para comentar a posição da defesa do petista, afirmou: "Só se a Odebrecht for propriedade de Bumlai, o que não me consta".
Nesta semana, a Odebrecht admitiu ter ligação com as obras na propriedade ao afirmar que seu engenheiro Frederico Barbosa trabalhou no local a pedido de um superior hierárquico da empresa.
Em entrevista à Folha, a ex-dona de uma loja de materiais de construção de Atibaia que forneceu produtos para o sítio disse que a Odebrecht bancou parte das obras, que consumiram cerca de R$ 500 mil só em materiais. A construtora nega ter pago por insumos para a reforma.
Segundo a defesa de Lula, antes da formalização da compra do imóvel Jacó Bittar adoeceu e repassou ao filho, Fernando Bittar, "recursos de suas aplicações pessoais" para que a propriedade rural fosse adquirida.
Fernando, porém, não tinha recursos suficientes para pagar o preço do imóvel e "convidou o seu sócio, Jonas Suassuna, a participar da compra, o que foi feito".
Os advogados dizem, porém, que Lula só tomou conhecimento da compra do imóvel em 13 de janeiro de 2011, quando já havia deixado a Presidência da República, e que foi ao local pela primeira vez dois dias depois.
Quanto às obras no sítio, a petição aponta que Lula "tomou conhecimento de que a reforma foi oferecida pelo Sr. José Carlos Bumlai, amigo da família, enquanto Fernando Bittar comentava sobre a necessidade de algumas adaptações no local", de acordo com a defesa.
A reforma foi realizada porque, na época da aquisição, o sítio tinha apenas dois quartos, com instalações precárias, e não acolheria as famílias de Lula e de Bittar, dizem os defensores na petição.
Posteriormente, a obra foi concluída por uma empresa cuja sede fica a cerca de 50 quilômetros de Atibaia, diz a petição.
A propriedade rural de 173 mil metros quadrados (equivalente a 24 campos de futebol) está registrada em nome de Bittar e Suassuna, que são sócios de Fábio Luís, filho mais velho de Lula.
A força-tarefa da Lava Jato investiga as operações relativas ao sítio e suspeita que Lula seja o real dono do imóvel.
No documento protocolado no STF, os defensores do ex-presidente afirmam que "todos os recursos utilizados na compra da propriedade são de titularidade da família Bittar e de Jonas Suassuna e foram pagos em cheques administrativos".
As alegações quanto ao sítio foram apresentadas pela defesa ao tribunal para fortalecer o pedido de suspensão das apurações relativas ao sítio até que seja definido se a investigação sobre o imóvel e o tríplex em Guarujá, concluído e reformado pela construtora OAS, deve tramitar no Ministério Público Estadual de São Paulo ou no Ministério Público Federal.
O local serviria para "acomodar" objetos que Lula teria recebido do "povo brasileiro" durante seus dois mandatos.
O advogado de Bumlai, Arnaldo Malheiros, porém, contesta a versão dos defensores de Lula. Procurado pela Folha para comentar a posição da defesa do petista, afirmou: "Só se a Odebrecht for propriedade de Bumlai, o que não me consta".
Nesta semana, a Odebrecht admitiu ter ligação com as obras na propriedade ao afirmar que seu engenheiro Frederico Barbosa trabalhou no local a pedido de um superior hierárquico da empresa.
Em entrevista à Folha, a ex-dona de uma loja de materiais de construção de Atibaia que forneceu produtos para o sítio disse que a Odebrecht bancou parte das obras, que consumiram cerca de R$ 500 mil só em materiais. A construtora nega ter pago por insumos para a reforma.
Segundo a defesa de Lula, antes da formalização da compra do imóvel Jacó Bittar adoeceu e repassou ao filho, Fernando Bittar, "recursos de suas aplicações pessoais" para que a propriedade rural fosse adquirida.
Fernando, porém, não tinha recursos suficientes para pagar o preço do imóvel e "convidou o seu sócio, Jonas Suassuna, a participar da compra, o que foi feito".
Os advogados dizem, porém, que Lula só tomou conhecimento da compra do imóvel em 13 de janeiro de 2011, quando já havia deixado a Presidência da República, e que foi ao local pela primeira vez dois dias depois.
Quanto às obras no sítio, a petição aponta que Lula "tomou conhecimento de que a reforma foi oferecida pelo Sr. José Carlos Bumlai, amigo da família, enquanto Fernando Bittar comentava sobre a necessidade de algumas adaptações no local", de acordo com a defesa.
A reforma foi realizada porque, na época da aquisição, o sítio tinha apenas dois quartos, com instalações precárias, e não acolheria as famílias de Lula e de Bittar, dizem os defensores na petição.
Posteriormente, a obra foi concluída por uma empresa cuja sede fica a cerca de 50 quilômetros de Atibaia, diz a petição.
A propriedade rural de 173 mil metros quadrados (equivalente a 24 campos de futebol) está registrada em nome de Bittar e Suassuna, que são sócios de Fábio Luís, filho mais velho de Lula.
A força-tarefa da Lava Jato investiga as operações relativas ao sítio e suspeita que Lula seja o real dono do imóvel.
No documento protocolado no STF, os defensores do ex-presidente afirmam que "todos os recursos utilizados na compra da propriedade são de titularidade da família Bittar e de Jonas Suassuna e foram pagos em cheques administrativos".
As alegações quanto ao sítio foram apresentadas pela defesa ao tribunal para fortalecer o pedido de suspensão das apurações relativas ao sítio até que seja definido se a investigação sobre o imóvel e o tríplex em Guarujá, concluído e reformado pela construtora OAS, deve tramitar no Ministério Público Estadual de São Paulo ou no Ministério Público Federal.
Nenhum comentário:
Postar um comentário