Promotores negam condução coercitiva de Lula: 'Equívoco'
Cassio
Conserino e Fernando Henrique de Moraes Araújo, do Ministério Público
do Estado de São Paulo, dizem que houve um erro na intimação ao
ex-presidente
VEJA
Instituto Lula afirmou que o petista não vai depor(Douglas Magno/VEJA)
Os
promotores de Justiça Cassio Conserino e Fernando Henrique de Moraes
Araújo, do Ministério Público do Estado de São Paulo, informaram nesta
segunda-feira que não têm a intenção de conduzir de forma coercitiva o
ex-presidente Lula e sua mulher, Marisa Letícia, para prestarem
depoimento sobre o tríplex no Guarujá (SP). Segundo os promotores, houve
"um equívoco" na intimação a Lula.
"Talvez tenham utilizado modelo padrão para notificação de
testemunhas, uma vez que nessa hipótese é possível", assinalam os
promotores em documento que será encaminhado nesta terça ao Tribunal de
Justiça do Estado onde a defesa de Lula ingressou com pedido de habeas
corpus para impedir a eventual condução coercitiva do petista e de sua
mulher Marisa Letícia. "Esse erro não foi perpetrado por nós", afirma
Conserino, que soube pela imprensa do uso da expressão "condução
coercitiva" na intimação ao ex-presidente.
Nesta segunda-feira, o Instituto Lula informou que o ex-presidente
não prestará depoimento na quinta ao MP-SP na investigação sobre o
tríplex no Guarujá. Os advogados do petista decidiram enviar por escrito
os esclarecimentos do casal.
Segundo reportagem de VEJA, o promotor de São Paulo Cassio Conserino
já tomou a decisão de denunciar Lula e Marisa Letícia por lavagem de
dinheiro. A promotoria vê indícios de que a compra do tríplex se tratou
de uma "operação cuidadosamente arquitetada" para ocultar patrimônio. A
Lava Jato, por sua vez, apura se os imóveis foram usados como pagamento
de propina.
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