Um grupo de manifestantes tentou impedir uma fala do juiz Sergio Moro,
responsável pela Lava Jato, em uma palestra na Universidade Columbia, em
Nova York (EUA), nesta segunda-feira (6).
Moro é um dos convidados do evento para discutir governança e combate à corrupção no Brasil, que ocorre até amanhã. O procurador da Lava Jato Paulo Roberto Galvão e a presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Cármen Lúcia, também estão na lista de palestrantes. A ministra não confirmou sua participação.
O protesto contra Moro começou logo que ele entrou no auditório. Da plateia mulher começou a gritar acusando o juiz de ser "tendencioso". Com faixas, um grupo a acompanhou com vaias e grito de "bias" (viés, em inglês).
Aparentemente constrangido, Moro aguardou no palco o grupo ser retirado. Antes de o evento começar, cerca de dez estudantes e professores protestaram com cartazes na frente da universidade.
O grupo afirma que o evento mostra apenas um lado da situação política brasileira atual.
"Sugerimos outros nomes [de palestrantes], que também tenham uma visão mais crítica com relação à atuação do juiz Sergio Moro, mas eles não aceitaram", diz a carioca Luiza Nassif, 29, estudante de economia da New School, que também organiza a palestra em parceria com Columbia.
'BOA SORTE'
Ao final de sua palestra, o juiz desejou "boa sorte" a Alexandre Moraes, que será anunciado como novo ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) nesta segunda (6).
Avisado pela imprensa sobre a notícia, reagiu com a expressão "uau" e disse em seguida que "não esperava ser escolhido".
Moro também foi questionado pela Folha se a morte da ex-primeira dama Marisa Letícia influenciaria de alguma forma seu julgamento na Lava Jato. Ele pediu desculpa e disse que não iria responder à pergunta. "Não acho apropriado."
O juiz ainda comentou a foto em que apareceu sorrindo recentemente ao lado de Aécio Neves (PSDB-MG). "Eu estava em um evento público e ele estava ao meu lado, não conversamos sobre a Lava Jato."
Durante sua palestra, o juiz falou por mais de meia hora e explicou didaticamente a operação Lava Jato para uma plateia essencialmente brasileira, que o aplaudiu.
"Espero que daqui alguns anos, a Lava Jato tenha deixado a democracia mais forte no Brasil, e que corrupção seja uma uma lembrança do passado", disse o juiz. "Não podemos assegurar que isso vai acontecer, mas temos que ter esperança."
Moro é um dos convidados do evento para discutir governança e combate à corrupção no Brasil, que ocorre até amanhã. O procurador da Lava Jato Paulo Roberto Galvão e a presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Cármen Lúcia, também estão na lista de palestrantes. A ministra não confirmou sua participação.
O protesto contra Moro começou logo que ele entrou no auditório. Da plateia mulher começou a gritar acusando o juiz de ser "tendencioso". Com faixas, um grupo a acompanhou com vaias e grito de "bias" (viés, em inglês).
Aparentemente constrangido, Moro aguardou no palco o grupo ser retirado. Antes de o evento começar, cerca de dez estudantes e professores protestaram com cartazes na frente da universidade.
O grupo afirma que o evento mostra apenas um lado da situação política brasileira atual.
"Sugerimos outros nomes [de palestrantes], que também tenham uma visão mais crítica com relação à atuação do juiz Sergio Moro, mas eles não aceitaram", diz a carioca Luiza Nassif, 29, estudante de economia da New School, que também organiza a palestra em parceria com Columbia.
Renata Cafardo/Folhapres | ||
Manifestantes na porta da Universidade Columbia, em Nova York, onde o juiz Sergio Moro, daria palestra |
Ao final de sua palestra, o juiz desejou "boa sorte" a Alexandre Moraes, que será anunciado como novo ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) nesta segunda (6).
Avisado pela imprensa sobre a notícia, reagiu com a expressão "uau" e disse em seguida que "não esperava ser escolhido".
Moro também foi questionado pela Folha se a morte da ex-primeira dama Marisa Letícia influenciaria de alguma forma seu julgamento na Lava Jato. Ele pediu desculpa e disse que não iria responder à pergunta. "Não acho apropriado."
O juiz ainda comentou a foto em que apareceu sorrindo recentemente ao lado de Aécio Neves (PSDB-MG). "Eu estava em um evento público e ele estava ao meu lado, não conversamos sobre a Lava Jato."
Durante sua palestra, o juiz falou por mais de meia hora e explicou didaticamente a operação Lava Jato para uma plateia essencialmente brasileira, que o aplaudiu.
"Espero que daqui alguns anos, a Lava Jato tenha deixado a democracia mais forte no Brasil, e que corrupção seja uma uma lembrança do passado", disse o juiz. "Não podemos assegurar que isso vai acontecer, mas temos que ter esperança."
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