Joaquim Levy cancela viagem para a Turquia e vai conversar com a presidente Dilma
Ministro da Fazenda foi chamado para uma reunião no Planalto
Martha Beck - O Globo
Vencido
no debate sobre a elaboração da proposta orçamentária de 2016, que
acabou sendo enviada ao Congresso com previsão de déficit nas contas
públicas, o ministro tem demonstrado insatisfação com a condução da
política econômica. Ele defendia que o Orçamento fosse encaminhado ao
Legislativo garantindo a realização de uma meta de superávit primário
(economia para o pagamento de juros da dívida pública) de 0,7% do
Produto Interno Bruto (PIB, soma de bens e serviços produzidos no país).
No entanto, o Ministério do Planejamento avaliou que não haveria margem
para cortes mais profundos de despesas que pudessem ser feitos para
assegurar esse resultado.
Para evitar o déficit, a presidente Dilma chegou a considerar a
possibilidade de encaminhar junto com o Orçamento uma proposta emenda
constitucional (PEC) recriando a CPMF, o que daria um reforço de mais de
R$ 60 bilhões ao governo federal. No entanto, ela foi rejeitada por
governadores e pelo Congresso e o Palácio do Planalto decidiu recuar.
Depois
da Turquia, a agenda do ministro previa sua ida para a Espanha, onde
participaria de um seminário do jornal "El País" sobre infraestrutura, e
depois para a França, onde deveria participar de reunião da Organização
de Cooperação para o Desenvolvimento Econômico (OCDE).
Segundo a assessoria de imprensa do Ministério da Fazenda, as agendas
do ministro na Espanha e na França estão mantidas por enquanto.
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