Flávio Costa - UOL
A recomendação da subchefia de assuntos jurídicos da Casa Civil de
restringir as viagens aéreas de Dilma Rousseff com aeronaves da FAB
(Força Aérea Brasileira) ao trecho Brasília -- Porto Alegre -- Brasília,
onde residem seus familiares, será acatada pelo GSI (Gabinete de
Segurança Institucional), informou a assessoria de imprensa do órgão.
O parecer estabelece também uma série de outras regulamentações sobre o uso de segurança pessoal de Dilma, diárias e estadias, que não foram detalhadas pela assessoria.
Em discurso no teatro Dante Barone, em Porto Alegre (RS), na tarde desta sexta-feira (3), a presidente afastada, Dilma Rousseff, disse que a Casa Civil do governo interino de Michel Temer tomou medidas para impedi-la de viajar livremente. "Hoje, houve uma decisão da Casa Civil ilegítima, provisória e interina cujo objetivo é proibir que eu viaje", disse Dilma. "Eu vou viajar", afirmou, lembrando que depende de um aparato de segurança previsto pela Constituição para poder viajar.
Dilma tem viajado com frequência pelo país para denunciar o processo de impeachment contra si, que chama de "golpe". A presidente afastada afirmou que não tem como usar um avião de carreira em viagens para outros lugares, por uma questão de segurança.
A presidente afastada teria programado eventos em Pernambuco, Paraíba, Bahia, São Paulo, Ceará e Belém para as próximas semanas.
O UOL ligou para o telefone do ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, no início da noite desta sexta e duas vezes para o telefone celular da assessora da Casa Civil, mas ninguém atendeu. A reportagem também ligou para o telefone fixo da Assessoria de Comunicação da Casa Civil. A reportagem passou as informações sobre o assunto a uma secretária, que disse que passaria o recado para a assessora. Um e-mail também foi enviado para assessora para que o ministério esclarecesse as restrições.
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