Karime Xavier/Folhapress | ||
O presidente do Bradesco, Luiz Carlos Trabuco |
Apesar da preocupação, a orientação do Planalto é a mesma em relação à
Operação Lava Jato, de que "não cabe nenhum tipo de interferência" nas
investigações.
Assessores de Temer disseram à Folha que é preciso aguardar os próximos passos, porque trata-se apenas de indiciamento e o banco poderá se defender no processo que investiga decisões do Carf.
Segundo assessores presidenciais, a equipe de Henrique Meirelles alerta que é preciso "cuidado" para não expor a instituição sem provas cabais de envolvimento.
Auxiliares de Temer relataram que executivos do mercado financeiro entraram em contato com o governo e se disseram "surpresos" e "atônitos" com o indiciamento.
A equipe de Temer recebeu relatos feitos por Trabuco garantindo que o Bradesco não fez nenhum tipo de pagamento para tentar obter vantagens em julgamentos.
SEM CONTÁGIO
Para banqueiros ouvidos pela Folha, o indiciamento do presidente do Bradesco não deverá contaminar o banco, como ocorreu com o BTG depois da prisão do banqueiro André Esteves. Para eles, são casos diferentes.
O BTG é um banco de investimento, que opera no "atacado" e tem em Esteves "o cérebro e o coração". No caso do Bradesco, segundo os executivos ouvidos pela Folha, Trabuco é presidente contratado e, inclusive, com aposentadoria já planejada.
O BTG seria uma lancha em alta velocidade suscetível a acidentes graves caso o piloto vacilasse. O Bradesco é um transatlântico que leva tempo para alterar seu curso.
A investigação da PF sobre decisões no Carf já envolveu também o banco Safra e pode chegar ao Santander, ainda sob investigação.
Para os banqueiros consultados, a possibilidade de dano à reputação caso no futuro o banco seja considerado culpado se reflete na queda "aceitável" das ações do Bradesco nesta terça.
Assessores de Temer disseram à Folha que é preciso aguardar os próximos passos, porque trata-se apenas de indiciamento e o banco poderá se defender no processo que investiga decisões do Carf.
Segundo assessores presidenciais, a equipe de Henrique Meirelles alerta que é preciso "cuidado" para não expor a instituição sem provas cabais de envolvimento.
Auxiliares de Temer relataram que executivos do mercado financeiro entraram em contato com o governo e se disseram "surpresos" e "atônitos" com o indiciamento.
A equipe de Temer recebeu relatos feitos por Trabuco garantindo que o Bradesco não fez nenhum tipo de pagamento para tentar obter vantagens em julgamentos.
SEM CONTÁGIO
Para banqueiros ouvidos pela Folha, o indiciamento do presidente do Bradesco não deverá contaminar o banco, como ocorreu com o BTG depois da prisão do banqueiro André Esteves. Para eles, são casos diferentes.
O BTG é um banco de investimento, que opera no "atacado" e tem em Esteves "o cérebro e o coração". No caso do Bradesco, segundo os executivos ouvidos pela Folha, Trabuco é presidente contratado e, inclusive, com aposentadoria já planejada.
O BTG seria uma lancha em alta velocidade suscetível a acidentes graves caso o piloto vacilasse. O Bradesco é um transatlântico que leva tempo para alterar seu curso.
A investigação da PF sobre decisões no Carf já envolveu também o banco Safra e pode chegar ao Santander, ainda sob investigação.
Para os banqueiros consultados, a possibilidade de dano à reputação caso no futuro o banco seja considerado culpado se reflete na queda "aceitável" das ações do Bradesco nesta terça.
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