Rodrigo Constantino - VEJA
A Polícia Federal prendeu, no início da noite de quinta-feira, cinco os índios suspeitos de sequestrar e matar três homens na rodovia Transamazônica, a 100 quilômetros da região de Humaitá, Sul do Amazonas, na reserva indígena Tenharim-Marmelos. O desaparecimento ocorreu há pouco mais de um mês e causou protesto de moradores.
Além de
policiais federais, a megaoperação contou com a Polícia Rodoviária
Federal, Exército e Força Nacional. O funcionário da Eletrobras Aldeney
Salvador, o representante comercial Luciano Ferreira e o professor Stef
de Souza viajavam juntos pela Transamazônica, quando desapareceram em 16
de dezembro. No início deste mês, a PF encontrou peças de automóvel
queimadas na terra Tenharim-Marmelos. O resultado da perícia, no
entanto, não foi divulgado.
Segundo
informações preliminares da PF, os corpos das vítimas, por enquanto, não
foram encontrados, mas teriam sido jogados em um rio. O inquérito foi
instaurado três dias depois do desaparecimento, em 19 de dezembro. Mais
de 100 pessoas já foram ouvidas pela polícia.
Índios
assassinos? Não creio! Mas Rousseau não dizia que eram seres puros,
bons selvagens? A Funai não os trata como seres inimputáveis? A esquerda
caviar não alimenta a ilusão de que são grupos livres da corrupção do
capitalismo, segundo eles causa de todos os nossos males?
Pois é. Os índios da realidade são bem
diferentes dos idealizados. No mundo real, algumas tribos praticam
infanticídio até hoje, para se ter ideia da barbárie. Nasceu com
“defeito”, é enterrado vivo. Outras tribos participam e esquemas enormes
de corrupção envolvendo a própria Funai, como escândalos já trouxeram à
tona.
No campo, vários índios, muitas vezes
financiados por ONGs internacionais, têm causado transtorno para o
agronegócio, principal locomotiva do crescimento econômico brasileiro
nos últimos anos. Se antes eram os invasores do MST a prejudicar o
setor, hoje os indígenas já se transformaram na maior ameaça.
Até quando vamos nutrir essa imagem
romântica e boba dos índios? Até quando vamos tratá-los como
inimputáveis? Até quando vamos, por sentimento obtuso de culpa coletiva,
ajudar a criar uma segunda nação, a nação indígena, dentro do próprio
território nacional?
Por mim, já passou da hora de tratar
“índios” (muitos totalmente aculturados, com calças jeans e celular)
como brasileiros, e todos sob os mesmos critérios legais, sob o império
das leis isonômicas.
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