Rodrigo Constantino - VEJA
O BNDES daqui a pouco vira caso de
polícia, e não mais de política. O que o PT fez com o banco é da ordem
do horror. Vale lembrar que seu quadro técnico sempre foi um dos
melhores do setor público, blindado historicamente da politicagem. Isso
até os petistas vislumbrarem, ali, uma fonte de recursos quase
infindável para suas estripulias.
O banco virou hospital de empresas,
instrumento de malabarismo contábil para o governo maquiar contas
públicas, transferência de renda de trabalhadores de classe média para
ricos empresários (Bolsa Empresário), instrumento de seleção dos
“campeões nacionais” (Grupo X?), etc.
E mais: foi também o grande veículo do
empréstimo milionário para Cuba, repleto de sigilo. É isso que agora um
senador tucano, dos poucos que fazem oposição de fato, quer investigar:
O senador
Alvaro Dias (PSDB/PR) entregou, nesta segunda-feira, ao presidente do
Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Joaquim Barbosa, um mandado de
segurança contra a presidente da República, Dilma Roussef; o ministro do
Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Mauro Borges Lemos; e o
presidente do BNDES, Luciano Coutinho, por “ato atentatório à
moralidade e transparência pública” em relação a não divulgação dos
empréstimos secretos do BNDES a países como Cuba e Angola.
O mandado
tenta reverter uma medida do ministro do Desenvolvimento, Indústria e
Comércio Exterior, Fernando Pimentel, que em junho de 2012 tornou
secretos os documentos que tratam de financiamentos do Brasil aos
governos de Cuba e de Angola. A determinação foi assinada um mês depois
da entrada em vigor da Lei de Acesso à Informação. Com isso, esses
documentos só poderão ser revelados em 2027.
Enquanto
o BNDES se preocupa em manter sigiloso um mais que estranho e suspeito
contrato com a ditadura cubana, resolve, aqui no Brasil, liberar verba
para invasores de terra do MST, os mesmos que há poucos dias resolveram
tocar o terror em Brasília para ganhar, como prêmio pelas dezenas de
policiais feridos, uma reunião com a presidente Dilma:
A Caixa
Econômica Federal e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e
Social (BNDES) fecharam contratos sem licitação nos valores de 200.000
reais e 350.000 reais, respectivamente, com entidade ligada ao Movimento
dos Sem Terra para evento realizado no 6.º Congresso Nacional do MST. O
evento aconteceu há duas semanas e terminou em confronto com a Polícia
Militar na Praça dos Três Poderes, em Brasília. No quebra-quebra, 32
pessoas ficaram feridas, sendo trinta policiais. Na ocasião, membros do
MST tentaram invadir o Supremo Tribunal Federal. As informações foram
divulgadas nesta segunda-feira pelo jornal O Estado de S.Paulo.
A Associação
Brasil Popular (Abrapo) recebeu os recursos para a Mostra Nacional de
Cultura Camponesa, atividade que serviu de centro de gravidade para os
integrantes do congresso do MST. As entidades têm relação próxima. Para
se ter uma ideia, a conta corrente da Abrapo no Banco do Brasil aparece
no site do MST como destino de depósito para quem deseja assinar
publicações do movimento social, como o jornal Sem Terra.
Então ficamos assim: o BNDES empresta
nossos recursos escassos para a ditadura comunista de Cuba e para os
criminosos socialistas do campo, sendo que, no primeiro caso, sequer
aceita divulgar com transparência as condições contratuais.
É o PT destruindo cada instituição
herdada em nossa jovem República. O partido age feito cupim, corroendo
as estruturas de dentro delas, até que reste somente pó e nada mais. Até
quando?
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