Rodrigo Constantino - VEJA
A
senadora Kátia Abreu perdeu a linha de vez. Não consegue mais esconder
que se transformou numa petista mesmo, até na forma, nos métodos. E
pensar que já recebi ligação de sua assessoria querendo marcar almoço
comigo. Agora virei um “terrorista” que faço “bullying” com a senadora. A
vitimização chegou até ela. Aprendeu bem com os novos companheiros.
Vejam as mensagens absurdas que postou no Twitter, que custo acreditar terem saído do teclado da própria senadora:
Isso tudo, esse destempero todo, essa
raiva, esse ódio, só porque tenho cobrado da senadora coerência! Ou
seja, costumo comentar seus excelentes artigos na coluna de sábado da
Folha, e depois comparar o conteúdo do que é dito ali com suas ações.
Teoria x práxis. E a coisa não fica boa para o lado dela. Afinal, uma
defensora incondicional do capitalismo, da economia de mercado, do
direito de propriedade privada, pedindo voto para o PT?
Em vez de rebater as incoerências que
aponto, a senadora prefere fazer o que vocês viram acima: tentar me
intimidar! Que coisa feia, senadora. Que papelão! E pensar que já a
considerei uma possível Thatcher tupiniquim…
Que engano terrível. Você, agindo assim,
parece mais uma espécie de Cristina Kirchner, ou algo do tipo. É uma
coisa horrorosa, que afunda de vez sua reputação. Tudo que eu quero
saber é como pode uma capitalista com discurso liberal contra o
bolivarianismo pedir votos para a representante dos bolivarianos no
Brasil. Explique só isso para seus antigos admiradores. Não peço mais
nada.
Mas eis que agora sou eu o
arrogante que pareço um ditador bolivariano. É mole? Tanta inversão
assim já faz da senadora uma típica petista eleitora de Dilma mesmo.
Quer dizer que a senhora repudia os ditadores bolivarianos? E já disse
isso para a sua colega Dilma? Como ela reagiu? Fiquei curioso…
Virei até um “fascista” para ela, ou
seja, faz a mesma acusação ridícula que os bolivarianos fazem a todos os
democratas que rejeitam o socialismo. E me acusa de ter preconceito, de
discriminá-la. Eu tenho preconceito contra criminosos, contra aqueles
que foram parar na Papuda e que Dilma, sua candidata, recusa-se a
criticar. Contra quem montou o Petrolão, um esquema bilionário de desvio
na maior empresa do país. Contra quem quer destruir nossa liberdade e
nossa democracia. Admito meu “preconceito”.
Enfim, vou continuar com meu trabalho,
cobrando coerência entre discurso e prática. Os incomodados que se
mudem, pois enquanto isso aqui não for uma Venezuela ou Argentina,
apesar da ajuda de Kátia Abreu a esse projeto, eu tenho liberdade para
tanto. E não tente me intimidar com ameaça de processo, pois mesmo com
sua imunidade parlamentar, quem pode ser processada por calúnia e
difamação, ao me acusar de terrorista e fascista, é a senhora!
PS: Se tiver que adivinhar, diria que a
coluna da senadora amanhã será boa, alinhada aos meus valores e
princípios. Quem escreve deve ser o Dr. Jackyll. Já quem vota na Dilma e
cospe impropérios pelo Twitter deve ser o Mr. Hyde…
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