Rodrigo Constantino - VEJA
Fui agora há pouco em mais um evento do Partido Novo,
no Teatro do Fashion Mall. Mais lotado do que da última vez. Quando foi
perguntado quem estava ali pela primeira vez em algum evento do
partido, a imensa maioria levantou a mão. Há um crescente interesse pela
novidade, pelas ideias refrescantes que o partido tem apresentado. Algo
alvissareiro.
Primeiro falou o diretor do diretório do
Rio, Roberto Motta, explicando os principais valores que norteiam o
partido. Pediu a todos que entrassem no site e lessem o estatuto, pois é
o primeiro grande diferencial em relação aos demais. Há muitos
“partidos” no Brasil, sem dúvida; mas a grande maioria não passa de
legenda de aluguel, e mesmo os maiores se tornaram fisiológicos, sem
foco nos programas.
O Novo busca o poder para reduzir o poder do próprio estado, uma missão sem dúvida difícil e repleta de obstáculos. Enfrentar o status quo
nunca é tarefa simples, pois confronta muitos interesses organizados.
Mas é possível. E começa pela percepção de que o estado, muitas vezes, é
o problema, não a solução. O importante é devolver o poder para o
cidadão, para o indivíduo, que é quem efetivamente cria riqueza.
O presidente nacional João Dionísio fez
sua tradicional explanação dos passos tomados até aqui, e o que vem a
partir de agora. O TSE deverá validar as mais de 500 mil assinaturas
ainda este ano, e aí o partido nasce de fato, podendo ter filiados. João
prefere chamá-los de “sócios”, pois a ideia é justamente a de que as
soluções dependem de cada um de nós, não do estado enquanto abstração.
A espinha dorsal das crenças do Novo está
cravada na importância do indivíduo, cobrando dele responsabilidade
também, no reconhecimento do mérito, na igualdade de todos perante as
leis, no foco nos direitos em vez de privilégios. É uma mensagem liberal
que tanto nos falta, em um país dominado pelo coletivismo estatizante
que deposita no estado, ou seja, nos políticos, uma fé desmedida para
agir como locomotiva do progresso e da justiça social.
Três exemplos deixam bem claro qual o
objetivo do Novo. Ele defende a liberdade em vez de igualdade, pois
reconhece que indivíduos são diferentes em suas habilidades, vocações,
sorte. É preciso respeitar que haverá diferenças, inclusive de renda. O
importante é reduzir a miséria, não a desigualdade. Ele quer incentivar o
sucesso, não o discurso de vitimização, tão comum em nosso país, o dos
“coitadinhos”. E quer defender direitos, não privilégios.
A palestra final coube ao publicitário
Alexandre Borges, que mostrou como é preciso, agora, manter viva essa
energia que foi despertada na eleição mais polarizada de todos os
tempos, que ganhou as redes sociais. Para isso, é preciso ter
mobilização, e dedicação. Todos aqueles que desejam um país mais livre e
próspero devem lutar desde já, informar-se mais, debater, e não esperar
até as próximas eleições.
Borges enfatizou ainda que não podemos
aceitar sermos pautados pelo lado de lá, que não quer debater ideias e
propostas, mas sim pessoas, sempre nos rotulando com base em nossas
supostas intenções perversas, monopolizando as virtudes e os fins
nobres. Acusam-nos de fascistas pois sabem que não somos; acusam-nos de
racistas pois sabem que não somos. E não toleram um debate sério sobre
os melhores meios para melhorar a vida de todos, inclusive e principalmente a dos mais pobres.
A enorme e crescente demanda pelo
discurso do Novo me enche de esperanças. Os brasileiros cansaram desse
avanço do estado sobre nosso bolso, nosso cotidiano, nossas empresas,
nossas escolhas, e até nossas tomadas. Não queremos mais
intervencionismo, paternalismo e um estado obeso e ineficiente. E claro,
ninguém suporta mais o PT acelerando na contramão daquilo que o país
precisa: reformas que reduzam o papel estatal na economia e em nossas vidas.
O mais importante no momento é impedir o
Brasil de virar a próxima Argentina ou Venezuela. Mas é fundamental uma
visão de longo prazo também. O que o Novo oferece é justamente isso. Sua
missão é transformar o Brasil em um país admirado. Por que não podemos
mirar nos melhores exemplos, nos Estados Unidos, na Austrália, no
Canadá, na Alemanha? Sim, é possível um dia chegarmos lá. Mas para tanto
é necessário começar a batalha hoje. Já!
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