Dificuldade para contemplar diferentes alas do PMDB tem atrasado distribuição de cargos
Cúpula do Planalto defende que Dilma, para acomodar aliados, desista de promessa de cortar pastas
GUSTAVO URIBE/NATUZA NERY - FSP
Com dificuldades para fechar a reforma ministerial, a presidente Dilma Rousseff voltará a se reunir a partir desta terça (29) com PMDB e PT em busca de uma solução que lhe garanta apoio no Congresso. Para tentar contemplar as diferentes alas do PMDB, que iniciaram uma queda de braço pelo controle de pastas, Dilma discutirá as mudanças nos ministérios com seu vice, Michel Temer, e com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva –que disse a assessores e aliados que viajará a Brasília na quarta (30) para ajudá-la a encontrar uma saída.
Com o impasse no PMDB, a cúpula do Planalto vê como improvável que a reforma administrativa saia na quarta e defende que, diante da atual crise, é preferível Dilma acomodar as distintas forças do PMDB do que cumprir a promessa de cortar dez pastas.
Com a ausência da presidente, que discursou nesta segunda (28) em Nova York na abertura da Assembleia Geral da Nações Unidas, coube à sua equipe tentar chegar a um acordo entre a bancada do PMDB na Câmara e o grupo de Michel Temer.
Com a ameaça dos deputados de abrirem mão de participar do governo, o
ministro Ricardo Berzoini (Comunicações) e o assessor Giles Azevedo
procuraram parlamentares do PMDB para assegurar que a presidente não
recuará no compromisso de entregar duas pastas à bancada da sigla na
Câmara.
MINISTÉRIO DA SAÚDE
Precisando de votos para manter os gastos do governo sob controle, Dilma prometeu ao líder do PMDB na Câmara, Leonardo Picciani (RJ), que a bancada poderá indicar alguém à Saúde, pasta cobiçada por várias legendas.
Outra oferta seria na área de infraestrutura, mas antes Dilma precisa definir o espaço que derá às bancadas da Câmara e do Senado e aos nomes de confiança de Temer.
Berzoini também esteve nesta segunda com Eliseu Padilha (Aviação Civil) –o Planalto estuda realocá-lo no comando da Infraero e substituí-lo por Hélder Barbalho (Pesca). Portos ficaria com o PMDB da Câmara.
Temer resiste à proposta. Padilha, Hélder e Henrique Eduardo Alves (Turismo), aliados do vice, ameaçam desembarcar do primeiro escalão do governo caso algum deles fique sem pasta.
Questionado sobre se o governo tem condições de abrigar todos os indicados pelo PMDB, Temer respondeu: "Todo mundo não, porque o PMDB é muito grande. Haverá representação de todos e a presidente vai decidir da melhor maneira".
Insatisfeita com as negociações, a bancada do PT no Senado convocou Berzoini para uma reunião na noite desta segunda, para que ele esclarecesse qual seria a situação do partido na Esplanada. A bancada demonstrou preocupação com o fato de que o partido perderá ministérios importantes, como a Saúde, e com a fusão de pastas ligadas a movimentos sociais.
MINISTÉRIO DA SAÚDE
Precisando de votos para manter os gastos do governo sob controle, Dilma prometeu ao líder do PMDB na Câmara, Leonardo Picciani (RJ), que a bancada poderá indicar alguém à Saúde, pasta cobiçada por várias legendas.
Outra oferta seria na área de infraestrutura, mas antes Dilma precisa definir o espaço que derá às bancadas da Câmara e do Senado e aos nomes de confiança de Temer.
Berzoini também esteve nesta segunda com Eliseu Padilha (Aviação Civil) –o Planalto estuda realocá-lo no comando da Infraero e substituí-lo por Hélder Barbalho (Pesca). Portos ficaria com o PMDB da Câmara.
Temer resiste à proposta. Padilha, Hélder e Henrique Eduardo Alves (Turismo), aliados do vice, ameaçam desembarcar do primeiro escalão do governo caso algum deles fique sem pasta.
Questionado sobre se o governo tem condições de abrigar todos os indicados pelo PMDB, Temer respondeu: "Todo mundo não, porque o PMDB é muito grande. Haverá representação de todos e a presidente vai decidir da melhor maneira".
Insatisfeita com as negociações, a bancada do PT no Senado convocou Berzoini para uma reunião na noite desta segunda, para que ele esclarecesse qual seria a situação do partido na Esplanada. A bancada demonstrou preocupação com o fato de que o partido perderá ministérios importantes, como a Saúde, e com a fusão de pastas ligadas a movimentos sociais.
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