sexta-feira, 30 de outubro de 2015

Relator do Orçamento impõe teto de R$ 55 bi para pagamento de 'pedaladas'
VEJA
Deputado Hugo Leal Melo da Silva PSC/RJO deputado Hugo Leal (Pros-RJ)(Pedro França/Agência Câmara/VEJA)
O deputado Hugo Leal (Pros/RJ), relator da Lei Orçamentária de 2015, limitou em 55 bilhões de reais o pagamento neste ano pelo governo federal aos bancos públicos referentes das chamadas "pedaladas fiscais", de acordo com parecer entregue nesta quinta-feira à Comissão Mista de Orçamento. Leal incluiu a estimativa após deputados da oposição terem advertido que a primeira proposta do governo infringia a Lei de Responsabilidade Fiscal ao permitir uma meta fiscal flexível para este ano.
Com a nova estimativa, que vai a votação na comissão na próxima semana, o déficit primário em 2015 pode chegar a 115 bilhões de reais, o maior da história. "Deixar a meta sem um piso não contribuiria para o restabelecimento da confiança indispensável à superação do momento adverso", disse o deputado em seu relatório.
Nesta semana, o governo federal previu que fechará o ano com um déficit primário de no mínimo 51,8 bilhões de reais. O valor pode chegar a mais de 60 bilhões de reais em caso de frustração da previsão de arrecadar 11,05 bilhões de reais com o leilão de concessão de hidrelétricas existentes, sem contabilizar as pedaladas.
O Tribunal de Contas da União (TCU) condenou as chamadas "pedaladas fiscais", prática de atrasar o repasse de recursos aos bancos federais para cobrir os gastos com programas sociais e subsídios.

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