Pelas novidades no palavrório, a Assombração do Alvorada deve andar trocando ideias com Marilena Chauí
Augusto Nunes - VEJA
Puxada por Eduardo Cunha, a fila inclui Aécio Neves, os tucanos que
não abrem mão do terceiro turno, direitistas rancorosos que não digerem o
sumiço dos pobres e dos miseráveis, os inimigos do Bolsa família, dos
movimentos sociais e dos direitos trabalhistas, o traidor Michel Temer,
os partidos que caíram fora da base alugada, os ex-ministros que que
agora apoiam o impeachment, os ministros do Supremo que não sabem ser
gratos a quem os nomeou, os simpatizantes do regime parlamentarista, o
juiz Sérgio Moro, os que aplaudem a Lava Jato e os que sonham com uma
bomba nuclear explodindo a República de Curitiba, fora o resto.
Nesta semana, durante a entrevista a uma emissora de rádio francesa, Dilma encompridou espetacularmente a fila com outra descoberta espantosa: incontáveis brasileiros desejam vê-la pelas costas “devido ao grande surto de misoginia que sofre o Brasil e também a um componente sexista”. Sofre de misoginia quem tem aversão a tudo que é ligado a mulheres. Sexista é quem discrimina um gênero ─ o feminino, no caso. A presidente que vê um cachorro oculto por trás de toda criança agora enxerga um país atulhado de brucutus que não admitem ser governados por uma fêmea.
Dilma não faz sentido há muito tempo. Mas o uso de palavras que nunca frequentaram seu minguado repertório vocabular sugere que algo de novo aconteceu. Talvez ande trocando ideias com Marilena Chauí.
Nesta semana, durante a entrevista a uma emissora de rádio francesa, Dilma encompridou espetacularmente a fila com outra descoberta espantosa: incontáveis brasileiros desejam vê-la pelas costas “devido ao grande surto de misoginia que sofre o Brasil e também a um componente sexista”. Sofre de misoginia quem tem aversão a tudo que é ligado a mulheres. Sexista é quem discrimina um gênero ─ o feminino, no caso. A presidente que vê um cachorro oculto por trás de toda criança agora enxerga um país atulhado de brucutus que não admitem ser governados por uma fêmea.
Dilma não faz sentido há muito tempo. Mas o uso de palavras que nunca frequentaram seu minguado repertório vocabular sugere que algo de novo aconteceu. Talvez ande trocando ideias com Marilena Chauí.
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