Um dos terroristas da Normandia estava em liberdade com tornozeleira eletrônica
‘Candidato à jihad’ havia viajado para a Síria e sido preso ao retornar pela Turquia
O Globo
PARIS — Um dos dois terroristas do atentado a uma igreja na Normandia havia sido posto em liberdade com uma tornozeleira eletrônica em março de 2016, informou o jornal “Libération”. No ataque desta terça-feira — o mais recente de uma série enfrentada pela França — dois homens degolaram um padre e feriram gravemente outro refém, em Saint-Etienne-du-Rouvray.
A identificação formal dos dois atacantes ainda está sendo feita, mas segundo as informações preliminares um deles foi descrito como um “candidato à jihad”.
De acordo com fontes próximas à investigação, o terrorista viajou à Síria em 2015. Ao retornar a partir da Turquia, ele foi colocado em prisão preventiva, sob acusação de associação criminosa com uma empresa terrorista.
Posteriormente, foi posto em liberdade com o sistema de monitoramento eletrônico, apesar dos apelos do departamento antiterrorista.
O presidente da França, François Hollande, confirmou que os criminosos disseram pertencer ao grupo extremista Estado Islâmico. Hollande declarou que o nível de ameaça no país continua alto, e que é preciso lutar de todas as formas contra o "Daesh" (acrônimo do EI em árabe).
— O Daesh declarou guerra contra nós. Precisamos lutar esta guerra de todas as maneiras, respeitando o Estado de Direito, que nos torna uma democracia — disse ele a repórteres.
A agência de notícias Amaq, ligada ao EI, também afirmou em um comunicado que dois “soldados” do grupo realizaram o ataque “em resposta ao chamado para atacar os países da coalizão de cruzados”.
O arcebispo da cidade próxima de Rouen, Dominique Lebrun, indicou que o padre assassinado se chamava Jacques Hamel e tinha 84 anos.
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