Sírio que se explodiu na Alemanha seria deportado para a Bulgária
Jovem morreu ao detonar uma bomba do lado de fora de um festival de música em Ansbach, na Baviera. Doze pessoas ficaram feridas
O Globo
Polícia isola local próximo a explosão em Ansbach, na Baviera, por onde passa um carro de funerária - MICHAELA REHLE / REUTERS
ANSBACH — Um sírio de 27 anos que teve asilo negado na Alemanha há um ano morreu no domingo quando se explodiu do lado de fora de um festival de música lotado em Ansbach, na Baviera, disse uma autoridade, no quarto ataque violento no país em menos de uma semana. O agressor seria deportado para a Bulgária. Este é o primeiro ataque suicida na Alemanha.
— Sírios não podem neste momento ser deportados para a Síria, mas isso não significa que sírios em geral não possam ser deportados — afirmou o porta-voz do Ministério do Interior Tobias Plate. — O sírio em em Ansbach estava enfrentando deportação para a Bulgária.
Uma porta-voz da força policial estadual da Baviera disse nesta segunda-feira que é incerto se o homem era um militante islâmico e que investigações ainda estão sendo realizadas.
O jornal alemão “Die Welt” citou o ministro do Interior da Baviera, Joachim Herrmann, dizendo: “Minha opinião pessoal é que infelizmente é muito provável que um verdadeiro ataque suicida islâmico tenha ocorrido aqui”.
A polícia informou que 12 pessoas ficaram feridas, incluindo três em estado grave, no ataque em Ansbach, cidade de 40 mil pessoas e que possui uma base militar dos Estados Unidos.
O sírio esteve em tratamento psiquiátrico duas vezes por tentar se matar, embora a explosão de domingo tenha sido mais que somente “uma pura tentativa de suicídio”, disse Herrman à Reuters. Uma ligação islâmica não pode ser descartada, disse a repórteres mais cedo.
— É terrível que alguém que veio para nosso país buscar asilo tenha cometido um ato tão hediondo e ferido um grande número de pessoas que estão em casa aqui, algumas de forma séria — acrescentou Hermann durante entrevista coletiva nesta segunda-feira.
O incidente irá impulsionar a crescente inquietação pública sobre a política da chanceler Angela Merkel de portas abertas para refugiados, sob a qual mais de um milhão de imigrantes entraram na Alemanha ao longo do último ano, muitos fugindo da guerra no Afeganistão, Síria e Iraque.
No mesmo dia, um refugiado sírio matou uma mulher com um machado e feriu outras duas na cidade de Reutlingen, enquanto os moradores de Munique ainda viviam o luto pela morte de nove pessoas em um ataque a um shopping na sexta-feira.
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