FSP
À medida que a facção perde força no Iraque e na Síria, inova formas de
atuação para aumentar seu impacto de propaganda com ataques fora do
teatro de guerra.
A ideia de criar um califado no Oriente Médio é um delírio cada vez mais distante. No Iraque, o EI chegou a controlar 40% do território, mas atualmente está reduzido a 10%, segundo o governo local. Na Síria, o recuo é menor, mas não há dúvidas de que a facção também está se retraindo.
O Iraque resume bem a situação. Por um lado, a facção perdeu a importante cidade de Fallujah. Por outro, novo atentado seu fez cerca de 300 mortos em Bagdá no começo deste mês, o episódio mais violento na capital desde 2003.
Os ataques de Paris, Bruxelas, Istambul e Dacca (Bangladesh) também teriam relação com o declínio territorial, segundo analistas. Tais ações espetaculares serviriam para manter viva a "guerra aos infiéis".
O quadro fica ainda mais complicado com a emergência dos "lobos solitários", para os quais o EI serve mais como fonte de inspiração do que de apoio operacional. Tal parece ter sido o caso do tunisiano que matou 84 pessoas com um caminhão em Nice (França) e do americano descendente de afegãos que matou 50 pessoas numa boate gay de Orlando (EUA).
O Brasil, até aqui ausente do radar do extremismo, já figura como alvo propagandístico potencial por sediar a Olimpíada. Quatro dos 11 presos pela Polícia Federal sob suspeita de planejar um ataque terrorista teriam jurado lealdade ao EI.
Não há consenso sobre a real motivação dessas ações desconectadas, nem quanto à perspectiva de se tornarem mais e mais frequentes, mas é certo que o combate a elas pouco avança só com os bombardeios na Síria e no Iraque.
Nesse cenário, será preciso mais colaboração entre governos para rastrear redes informais e combater o recrutamento pela internet, no espectro que vai do militante pleno ao simpatizante desequilibrado.
Não se trata de uma tarefa fácil, dados os entraves domésticos e geopolíticos nos países chave. A Turquia, por exemplo, atravessa período de turbulência, ao passo que EUA e Rússia acumulam pontos de atrito na Síria e na Ucrânia.
Enquanto essas nações se enredam em disputas tradicionais, o EI e seus soldados furtivos espalham a chama do terror pelo mundo.
A ideia de criar um califado no Oriente Médio é um delírio cada vez mais distante. No Iraque, o EI chegou a controlar 40% do território, mas atualmente está reduzido a 10%, segundo o governo local. Na Síria, o recuo é menor, mas não há dúvidas de que a facção também está se retraindo.
O Iraque resume bem a situação. Por um lado, a facção perdeu a importante cidade de Fallujah. Por outro, novo atentado seu fez cerca de 300 mortos em Bagdá no começo deste mês, o episódio mais violento na capital desde 2003.
Os ataques de Paris, Bruxelas, Istambul e Dacca (Bangladesh) também teriam relação com o declínio territorial, segundo analistas. Tais ações espetaculares serviriam para manter viva a "guerra aos infiéis".
O quadro fica ainda mais complicado com a emergência dos "lobos solitários", para os quais o EI serve mais como fonte de inspiração do que de apoio operacional. Tal parece ter sido o caso do tunisiano que matou 84 pessoas com um caminhão em Nice (França) e do americano descendente de afegãos que matou 50 pessoas numa boate gay de Orlando (EUA).
O Brasil, até aqui ausente do radar do extremismo, já figura como alvo propagandístico potencial por sediar a Olimpíada. Quatro dos 11 presos pela Polícia Federal sob suspeita de planejar um ataque terrorista teriam jurado lealdade ao EI.
Não há consenso sobre a real motivação dessas ações desconectadas, nem quanto à perspectiva de se tornarem mais e mais frequentes, mas é certo que o combate a elas pouco avança só com os bombardeios na Síria e no Iraque.
Nesse cenário, será preciso mais colaboração entre governos para rastrear redes informais e combater o recrutamento pela internet, no espectro que vai do militante pleno ao simpatizante desequilibrado.
Não se trata de uma tarefa fácil, dados os entraves domésticos e geopolíticos nos países chave. A Turquia, por exemplo, atravessa período de turbulência, ao passo que EUA e Rússia acumulam pontos de atrito na Síria e na Ucrânia.
Enquanto essas nações se enredam em disputas tradicionais, o EI e seus soldados furtivos espalham a chama do terror pelo mundo.
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