Em 2018, eleitor pode fazer barba, cabelo e bigode
A condenação de Eduardo Cunha a mais de 15
anos de prisão e o dobro de afastamento de atividades públicas
obviamente fará suas excelências apressarem a votação de restrições a
atividades de investigadores e juízes (a dita lei de abuso de
autoridade) e retardarem, ou fecharem na gaveta, propostas de redução do
alcance do foro por prerrogativa de função. Por óbvio: a sentença
proferida no célere prazo de seis meses na primeira instância faz com
que deputados e senadores necessitem do foro privilegiado como quem
precisa de ar para viver. No caso deles, sobreviver pelo maior tempo
possível longe de condenações.
E aqui é que o eleitorado pode fazer barba, cabelo e bigode
em 2018, quando estarão em jogo as 513 cadeiras da Câmara e dois terços
das vagas no Senado. Tanto importante quanto a tradicional “cola” com o
nome dos candidatos em quem pretendem votar, os eleitores devem elaborar
uma lista daqueles que não merecem ser votados porque buscam fazer do
mandato um verdadeiro esconderijo. Nunca terá sido tão fundamental
prestar atenção ao voto quanto na próxima eleição.
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