Rodrigo Constantino
O “Bom Dia Brasil” fez uma reportagem sobre a crise nos Correios. Vejam:
Há uma
crise sem fim nos Correios, uma empresa que tinha selo de qualidade e,
agora, virou dor de cabeça para os brasileiros. Por todo o Brasil, os
carteiros estão sumindo, as encomendas não chegam e agências anunciam
fechamento.
A empresa
está mergulhada em dívidas e é alvo de críticas pela gestão política.
Uma empresa que levou o título de mais confiável do país. A própria
figura do carteiro sempre inspirou em nós essa confiança, credibilidade,
mas agora a realidade é bem outra.
Há controvérsias de que existia mesmo
esse “selo de qualidade” no passado. Quem quer que analisasse a coisa de
forma correta, ou seja, comparando o custo de oportunidade,
saberia que o monopólio estatal na distribuição de cartas e encomendas
era altamente ineficiente. Ou alguém acha que os Correios eram do nível
de uma Fedex?
Mas não há dúvidas de que a gestão
petista deixou esse legado: a destruição de mais uma estatal, como
tantas outras. E a reportagem não deixa isso claro, prefere citar a
atual gestão de Temer, e nada falar de Lula e Dilma. A roubalheira, a
politicagem, a transformação da empresa em centro partidário durante as
eleições, tudo isso explica a crise mais grave.
O atual presidente, em entrevista, foi
sincero ao afirmar: “Quer acabar com a indicação política? Então só
privatizando”. Curiosamente, não passa pela cabeça dos jornalistas que
esse é o único caminho. Gostariam que as indicações políticas acabassem
do nada, por abnegação dos políticos. Esperar que um esquerdista como
Chico Pinheiro diga com todas as letras que o maior problema é mesmo a
empresa ser estatal, e por isso ficar sob o domínio de políticos, já é
demais da conta.
Mas é exatamente essa a única solução: privatize já!
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