Entrada do prédio de Adriana Ancelmo é pichada
'Ladra' e 'bandida' foram palavras escritas no asfalto da rua
O Globo
Protesto na porta do edifício da família Cabral, com ruas pintadas - Antonio Scorza / O Globo
A porta do prédio em que vive a família Cabral amanheceu com
pichações nesta quinta-feira, em referência à ex-primeira-dama Adriana
Ancelmo. Ela passou da prisão preventiva à prisão domiciliar na noite da
última quarta-feira. "Bandida" e "ladra" eram algumas palavras escritas
no asfalto da rua.
Adriana estava presa preventivamente desde dezembro do último ano. Ela foi levada até seu apartamento no Leblon, Zona Sul do Rio, pela Polícia Federal (PF)
e chegou por volta de 20h. Na chegada, havia manifestantes protestanto
contra a decisão da Justiça de liberá-la para cumprir a pena em casa.
O juiz Marcelo Bretas impôs algumas condições para a prisão
domiciliar de Adriana, como a exigência de que as linhas telefônicas e
internet da casa sejam cortadas e os aparelhos de comunicação,
recolhidos. Os parentes e advogados não podem subir com celulares e
terão que deixá-los na portaria.
A prisão domiciliar foi determinada em caráter liminar pela ministra
Maria Thereza de Assis Moura, do STJ, na última sexta-feira. O benefício
já havia sido concedido pela primeira instância da Justiça Federal, mas
foi cassado em seguida pelo desembargador Abel Gomes, Tribunal Regional
Federal da 2ª Região (TRF-2), que alegou que a medida representava uma
quebra de isonomia com as milhares de mães presas que não recebiam o
mesmo tratamento.
A lei dá aos juízes a possibilidade de converter a prisão preventiva
em domiciliar quando se trata de mães de filhos de até 12 anos, caso de
Adriana. Ela é ré por organização criminosa, corrupção passiva e lavagem
de dinheiro.
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