domingo, 23 de julho de 2017

A Fazenda mapeou a ruína do Fies petista 
Elio Gaspari - FSP
Um estudo do Ministério da Fazenda expôs a ruína que o comissariado dos ministros Aloizio Mercadante e Fernando Haddad produziu no programa de financiamento para estudantes de curso superior, o Fies. Fizeram a farra das faculdades privadas expandindo a carteira de empréstimos de 600 mil contratos em 2012 para 1,9 milhão em 2015. No interesse das empresas, davam-se empréstimos a quem tirava zero na prova de redação do Enem e praticamente dispensava-se o fiador. O saldo das operações do Fies cresceu 1.000% em quatro anos e ao final de 2016 chegou a R$ 61,9 bilhões.
Naquele ano o Bolsa Família custou R$ 28,6 bilhões. Eram programas essencialmente diferentes, mas o governo permitiu que o Fies fosse percebido com um programa de bolsas. Estudantes que tinham acesso a outras formas de financiamento migraram para a bolsa da Viúva. A Fazenda calculou que a inadimplência (51,4%) e os subsídios levarão o Fies a gerar um espeto de R$ 11 bilhões em 2024.
A farra inflacionou os preços das mensalidades e engordou grandes empresas do setor. O estudo, assinado por dez técnicos do Ministério da Fazenda, chega ao final com uma questão óbvia: existindo o ProUni, que beneficia o mesmo público, não havia por que expandir o Fies. Não havia nem há, a menos que o nome do jogo continue sendo jogar dinheiro da Viúva nos cofres dos donos de faculdades. O programa do Fies foi remodelado há poucas semanas. Tomara que dê certo.
Serviço: O "Diagnóstico Fies", do Ministério da Fazenda, está na rede.


No Brasil, parlamentarismo já passou por dois plebiscitos e nunca bateu os 25%
Uma boa parte do tucanato voltou a namorar a ideia da instituição de um regime parlamentarista.
Tudo bem. O parlamentarismo já foi levado a dois plebiscitos, em 1993 e em 1963. Em nenhuma das duas ocasiões conseguiu bater a marca dos 25%.
Outra grande peça legislativa, a da abolição da escravatura, foi aprovada pelo Parlamento como simples lei ordinária.
LUTA ARMADA
As estatísticas de Brasília informam que nos últimos anos entraram 11 mil fuzis no Rio de Janeiro.
NERVOSO
O deputado Rodrigo Maia está com os nervos à flor da pele.
TAXA PATO
O novo imposto sobre combustíveis pode ser chamado de Taxa Pato.
O brinquedo amarelo com que a Fiesp saudava os manifestantes que iam para a avenida Paulista pedir a deposição de Dilma Rousseff tinha um leve sorriso no bico.
A VERDADE DE LULA
Lula precisa conter a expansão de sua realidade paralela. Ele contou que combinou uma conversa com Fernando Henrique Cardoso, mas decidiu desmarcá-la porque a história vazou.
Em abril, Lula disse que não pretendia conversar com Michel Temer. Falso. Em fevereiro, foi ele quem propôs a Temer que conversassem.
Uma conversa com FHC jamais ficaria em segredo e vale lembrar que o tucano já disse várias vezes que está pronto para conversar com Nosso Guia, desde que seja um encontro público.

Nenhum comentário: