domingo, 23 de julho de 2017

Aliados de Alckmin veem ofensiva pró-Maia e risco ao tucano em tentativa do DEM de ampliar bancada
Painel - FSP 
Nada é por acaso A ofensiva do DEM para atrair dissidentes de siglas como o PSB acendeu o sinal amarelo entre aliados do governador Geraldo Alckmin. Os partidários do paulista viram na articulação mais do que uma tentativa do Democratas de suplantar o PSDB no Congresso. Acham que, com o movimento, o DEM visa desidratar potenciais aliados de Alckmin para a disputa de 2018 na tentativa de fortalecer eventual candidatura do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), ao Planalto.
Deixa quieto A desconfiança sobre o DEM acabou fortalecendo o discurso de tucanos que pregam a manutenção do apoio a Michel Temer. Eventual queda do presidente, dizem, deixaria Maia com a faca e o queijo na mão para vitaminar seu partido e negociar com outras legendas.
Levantou poeira O alarde do PSDB e do PMDB com a articulação estimulou dirigentes do DEM a minimizarem o potencial da ofensiva sobre outras siglas. A ordem é não chamar mais atenção para o assunto.
Linha mestra Deputados de siglas que prezam o voto de opinião, mas defendem o apoio a Michel Temer, definiram os argumentos que usarão para rejeitar a denúncia de Rodrigo Janot.
Pela pátria? O grupo dirá que age para preservar a estabilidade, que Temer responderá depois que deixar o cargo e que autorizar a abertura de ação penal, nesse caso, implicará em punição antecipada: o afastamento do cargo.

Temerland O cochilo de Henrique Meirelles na Cúpula do Mercosul rendeu na internet e na Esplanada. Com o episódio, um aliado disse que Temer, que escreve poesias, concluiu um conto: Marcela seria a Branca de Neve, o titular da Fazenda, o Soneca, e Moreira Franco, o Zangado.
Apenas pare Evo Morales, presidente da Bolívia, defendeu Nicolás Maduro no encontro dos presidentes do Mercosul e tomou uma invertida de Michelle Bachelet, do Chile, que disse estar “decepcionada” com o venezuelano.
Mão fechada Com dúvidas sobre as chances reais de o governo criar uma contribuição para compensar o fim do imposto sindical, parte das centrais começou a segurar dinheiro em caixa.
Dor no bolso O Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), que vem passando por dificuldades financeiras há meses, já sente os efeitos desse contingenciamento. Hoje, o repasse dos sindicatos representa 60% do total de sua receita.
Passar o chapéu Em mensagem enviada a sindicalistas esta semana, um dos diretores do Dieese disse que a entidade corre risco de não conseguir pagar o salário de seus funcionários e fez apelo para que as centrais fizessem um aporte.
Todos juntos Em reunião com Michel Temer, na quinta (20), sindicalistas pediram unidade do governo em relação à medida provisória da reforma trabalhista. Disseram que Trabalho e Casa Civil não podem continuar elaborando propostas distintas, como vem acontecendo.
Expectativas Investigadores da Operação Carne Fraca estão ansiosos para conseguir turbinar o caso com a relação de 260 fiscais agropecuários que Wesley Batista, da JBS, prometeu entregar até setembro.
Pode parcelar? Quem acompanha as tratativas em torno do acordo de delação premiada do ex-superintendente do Ministério da Agricultura no Paraná Daniel Gonçalves Filho diz que as negociações estão emperradas porque ele achou o valor da multa cobrada pelo MPF muito alto: R$ 6 milhões.
Micro e macro Além da viagem que fará ao Nordeste, o ex-presidente Lula estuda incluir um giro por São Paulo em seu roteiro. Aliados querem levá-lo à periferia.

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