Numa demonstração clara do totalitarismo desumanizante do globalismo, o Tribunal Europeu dos Direitos Humanos decreta a morte de um bebê, impede seus pais de tentar salvá-lo e reivindica para si o poder de determinar quem pode ou não viver
O
bebê Charlie Gard, de 8 meses, enfrenta uma doença mitocondrial rara,
que enfraquece os músculos e causa danos cerebrais. Mas Charlie Gard
enfrenta uma ameaça ainda mais mortal: a decisão da Justiça da
Inglaterra, que determinou que os médicos devem desligar seus aparelhos
sem consentimento dos pais.
Os pais já tinham feito uma campanha
para arrecadar donativos para levar o bebê para a América, onde há um
tratamento experimental. Com a solidariedade, a família Gard conseguiu
80.000 doações, somando 1,2 milhões de libras (cerca de 4,5 milhões de
reais). O avanço da ciência foi ignorado, e os médicos preferiram a
morte do bebê Charlie Gard.
Médicos haviam determinado que Charlie
Gard deveria morrer pois o bebê estaria “sofrendo desnecessariamente”.
Não se sabe em que manual de medicina há a exata precisão de quando um
sofrimento é “necessário” ou cruza tal fronteira. Os pais levaram o caso
para a Justiça inglesa.
O juiz Nicholas Francis declarou que
sentenciava “com a maior das tristezas”, mas, ao mesmo tempo, com “a
absoluta convicção” de estar fazendo “o melhor para o bebê“ (sic). Os pais foram impedidos de tentar salvar o bebê, mesmo com fundos, pois Charlie Gard merecia uma “morte digna” (sic).
A decisão da Justiça inglesa surpreende
por alguns fatores. Não se trata meramente de eutanásia ou aborto, mas
de algo ainda pior, o impedimento de que uma família salve uma vida com o
avanço da ciência simplesmente porque um juiz e alguns médicos assim
determinaram. Há recursos e medicina suficientes.
É algo novo: o poder do Estado determina
quando uma vida é “digna” ou quando um sofrimento é “necessário”,
podendo matar um ser humano quando o considera “inútil” para a
sociedade. É algo que mal foi visto no totalitarismo socialista, cabendo
mais à busca de um homem “perfeito” do nazismo. O que era considerado
monstruoso no nazismo, é o novo “normal” determinado por entidades
não-eleitas, como um juiz ventilando leis de estro próprio.
A decisão do assassinato de Charlie Gard
não foi comentada pela mídia global, ou no máximo se faz comentários
com linguagem eufemística, como “interrupção do tratamento”, “desligar
aparelhos”, etc.
Além da destruição de soberanias e de leis criadas por agendas não-eleitas, como se faz na era do globalismo,
a supremacia de um coletivo abstrato e amorfo sobre a vida do individuo
por comissões de “direitos humanos” e entidades afins atingiu um novo
limite. Não se trata de um caso pontual, mas de um novo patamar
atingido, tratando a vontade do Estado sobre o indivíduo como “normal”.
Quem determina se uma vida vale a pena
ser vivida ou não não é mais o indivíduo ou sua família, que demonstrou
tanto amor por um filho. É o Estado e sua sanha por um mundo homogêneo.
Charlie Gard será assassinado hoje.
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