Reinaldo Azevedo - VEJA
Que pitoresco!
O PSB anda
meio irritado com Marina Silva, a chefa da Rede. No Acre, ela não abre
mão do apoio à reeleição de Tião Viana, do PT, fiel escudeiro, junto com
o irmão, Jorge, de Dilma Rousseff. Ora, ora, ora… Não me digam! Marina é
poder no estado. Há 15 anos, a sua turma está aboletada no poder. E,
segundo as primeiras pesquisas, a grei ficará ao menos 20 anos. Se
alguém quer saber como seria o Brasil de Marina, basta ver como é o Acre
dos Vianas.
No seu
próprio estado, então, Marina não se importa se Eduardo Campos, provável
candidato do PSB à Presidência, ficar sem palanque — ainda que, claro!,
ela própria possa ir lá fazer uma campanha ou outra.
O Acre não
tem, assim, tantos eleitores, é verdade. Mas convenham: se há um
simbolismo importante nessa luta da Rede em favor da identidade, que
seja no estado natal da Todo-Poderosa do partido, né? Nem que fosse para
fingir. Passadas as eleições, os marineiros se agarrariam de novo a
seus cargos.
Se bem que
não sei se seria muito prudente. Em 2010, santo de casa não fez milagre
do Acre. O tucano José Serra venceu a eleição no estado, com 52,13% dos
votos; em segundo lugar, ficou Dilma, com 23,92%. Marina obteve apenas a
terceira colocação: 23,45%.
Marina é a
favor da “nova política”, mas demonstra que essa férrea convicção para
na porteira do Acre. Ali, ela prefere o velho mesmo.
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