Julie Hirschfeld Davis - NYT
AP Photo/Carolyn Kaster
Barack Obama quer uma ação urgente e agressiva para lidar com a mudança climática
O presidente Barack Obama viajará ao Alasca na segunda-feira para pedir
por uma ação urgente e agressiva para lidar com a mudança climática,
fazendo uso do quadro triste de derretimento de geleiras,
descongelamento do "permafrost" (pergelissolo) e elevação do nível dos
mares para ilustrar a iminência de uma questão que ele espera
transformar em um elemento central de seu legado.
Mas durante a visita de três dias coreografada para adicionar cenários espetaculares e exemplos do mundo real à mensagem de Obama a respeito do aquecimento global, ele dará pouca atenção à exploração de petróleo e gás em alto-mar que ele autorizou neste mês, uma ação que ativistas dizem ser uma mancha desagradável em um histórico climático fora isso impecável.
Apesar do Ártico ser um cenário adequado para o pedido do presidente por ação, ele também é o local onde os tópicos conflitantes de sua política ambiental colidem, e onde o debate público em torno de como tratar o aquecimento do planeta é particularmente animado.
"É inconsistente por um lado o presidente Obama liderar o mundo em uma ação abrangente a respeito da mudança climática, e por outro permitir às empresas que explorem petróleo caro e difícil em locais remotos e perigosos", disse Michael LeVine, advogado sênior para o Pacífico do Oceana, um grupo ambiental.
Mas durante a visita de três dias coreografada para adicionar cenários espetaculares e exemplos do mundo real à mensagem de Obama a respeito do aquecimento global, ele dará pouca atenção à exploração de petróleo e gás em alto-mar que ele autorizou neste mês, uma ação que ativistas dizem ser uma mancha desagradável em um histórico climático fora isso impecável.
Apesar do Ártico ser um cenário adequado para o pedido do presidente por ação, ele também é o local onde os tópicos conflitantes de sua política ambiental colidem, e onde o debate público em torno de como tratar o aquecimento do planeta é particularmente animado.
"É inconsistente por um lado o presidente Obama liderar o mundo em uma ação abrangente a respeito da mudança climática, e por outro permitir às empresas que explorem petróleo caro e difícil em locais remotos e perigosos", disse Michael LeVine, advogado sênior para o Pacífico do Oceana, um grupo ambiental.
Apesar de Obama ter tomado medidas
sem precedentes para reduzir o consumo pelo país dos combustíveis
fósseis que causam a mudança climática, sancionando novas leis que
reduzem as emissões e pressionando por um grande acordo global, ele fez
muito menos para desestimular os investimentos em projetos de petróleo e
gás. Estes passaram por um boom durante sua presidência, provocando
benefícios econômicos na forma de empregos e preços mais baixos de
eletricidade.
O desafio é acentuado no Alasca, onde muitos cidadãos lidam com os efeitos devastadores da mudança climática, apesar de dependerem dos projetos de energia para seu sustento. Ao ser o primeiro presidente em exercício a visitar o Alasca Ártico, Obama está lidando com essas pressões conflitantes.
Em seu discurso semanal de rádio no sábado, o presidente reconheceu, como fez no passado, que apesar de estar pressionando para afastar o país "de fontes de energia sujas que ameaçam nossa saúde e nosso meio ambiente", a economia ainda é dependente de petróleo e gás.
"Enquanto for assim, eu acredito que devemos depender mais da produção doméstica do que de importações, e devemos exigir os mais altos padrões de segurança no setor –-no nosso", disse Obama. "Eu compartilho as preocupações das pessoas com a extração em alto-mar. Eu me recordo muito bem do vazamento da BP no Golfo do México."
Em questão desta vez está o pedido há muito adiado pela Royal Dutch Shell, que o governo Obama autorizou há duas semanas, de começar a explorar petróleo e gás em águas intocadas do Mar de Chukchi, além da costa noroeste do Alasca. O presidente não planeja interagir com a Shell durante sua viagem, disseram funcionários da Casa Branca, mas ele viajará para a cidade de Kotzebue, acima do Círculo Polar Ártico, onde a empresa instalou parte de seus equipamentos.
Kotzebue e muitas de suas vizinhas –-aldeias inuit que estão sendo alcançadas pelo mar devido à erosão do solo, provocada pelo descongelamento do permafrost e tempestades mais fortes resultantes das temperaturas mais altas-– são exemplos reais potentes do que Obama chama de chamado para despertar em relação à mudança climática.
Em uma conferência do Departamento de Estado sobre clima em Anchorage, na segunda-feira, Obama pedirá por uma ampla ação coletiva em relação à mudança climática, pressionando por compromissos que levem a um acordo global em dezembro, na cúpula da ONU em Paris. Então ele planeja visitar vários locais no Estado para testemunhar os efeitos da elevação das temperaturas, caminhando pela Geleira Exit, em Seward, na terça-feira, e encontrando-se na quarta-feira com os pescadores de salmão em Dillingham, na imaculada Baía de Bristol, antes de seguir para Kotzebue.
"Esta é uma questão muito aqui e agora", disse Brian Deese, um alto conselheiro de Obama para políticas climáticas. "A questão da mudança climática não é algo para o futuro no Alasca. Ela já está afetando a vida e os meios de subsistência das pessoas de formas reais."
Tradutor: George El Khouri Andolfato
O desafio é acentuado no Alasca, onde muitos cidadãos lidam com os efeitos devastadores da mudança climática, apesar de dependerem dos projetos de energia para seu sustento. Ao ser o primeiro presidente em exercício a visitar o Alasca Ártico, Obama está lidando com essas pressões conflitantes.
Em seu discurso semanal de rádio no sábado, o presidente reconheceu, como fez no passado, que apesar de estar pressionando para afastar o país "de fontes de energia sujas que ameaçam nossa saúde e nosso meio ambiente", a economia ainda é dependente de petróleo e gás.
"Enquanto for assim, eu acredito que devemos depender mais da produção doméstica do que de importações, e devemos exigir os mais altos padrões de segurança no setor –-no nosso", disse Obama. "Eu compartilho as preocupações das pessoas com a extração em alto-mar. Eu me recordo muito bem do vazamento da BP no Golfo do México."
Em questão desta vez está o pedido há muito adiado pela Royal Dutch Shell, que o governo Obama autorizou há duas semanas, de começar a explorar petróleo e gás em águas intocadas do Mar de Chukchi, além da costa noroeste do Alasca. O presidente não planeja interagir com a Shell durante sua viagem, disseram funcionários da Casa Branca, mas ele viajará para a cidade de Kotzebue, acima do Círculo Polar Ártico, onde a empresa instalou parte de seus equipamentos.
Kotzebue e muitas de suas vizinhas –-aldeias inuit que estão sendo alcançadas pelo mar devido à erosão do solo, provocada pelo descongelamento do permafrost e tempestades mais fortes resultantes das temperaturas mais altas-– são exemplos reais potentes do que Obama chama de chamado para despertar em relação à mudança climática.
Em uma conferência do Departamento de Estado sobre clima em Anchorage, na segunda-feira, Obama pedirá por uma ampla ação coletiva em relação à mudança climática, pressionando por compromissos que levem a um acordo global em dezembro, na cúpula da ONU em Paris. Então ele planeja visitar vários locais no Estado para testemunhar os efeitos da elevação das temperaturas, caminhando pela Geleira Exit, em Seward, na terça-feira, e encontrando-se na quarta-feira com os pescadores de salmão em Dillingham, na imaculada Baía de Bristol, antes de seguir para Kotzebue.
"Esta é uma questão muito aqui e agora", disse Brian Deese, um alto conselheiro de Obama para políticas climáticas. "A questão da mudança climática não é algo para o futuro no Alasca. Ela já está afetando a vida e os meios de subsistência das pessoas de formas reais."
Tradutor: George El Khouri Andolfato
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