Autoridades decretam estado de emergência em Munique
Polícia confirma 8 mortos e trata caso como suspeita de terrorismo
Policiais realizam buscas na estação de Kalsplatz, próxima ao shopping Olympia. Transporte foi interrompido em Munique - ANDREAS GEBERT / AFP
O Globo
MUNIQUE — Após o ataque no shopping center Olympia, nesta sexta-feira, as autoridades decretaram estado de emergência em Munique, com todo o serviço de transporte público sendo suspenso e as pessoas alertadas a permanecerem em casa. A polícia trata o caso como suspeita de terrorismo e procura até três suspeitos que estariam foragidos. O número de vítimas ainda é desencontrado. Um porta-voz da polícia afirmou que pelo menos oito pessoas morreram no episódio, e várias outras ficaram feridas. Mas o jornal "Muencher Abendzeitung" vai além e apontou até 15 vítimas fatais.
A polícia isolou uma vasta área nos arredores do shopping. Segundo uma porta-voz policial, os atiradores ainda não foram localizados. Relatos não confirmados oficialmente informam que um dos atiradores teria se suicidado após o ataque e indicam um segundo tiroteio no metrô.
Um funcionário disse à agência Reuters por telefone que muitos tiros foram disparados e que os funcionários ainda estão escondidos dentro do shopping. O Olympia fica na zona norte de Munique, não muito longe do Estádio Olímpico, no distrito de Moosach da capital bávara, onde ocorreu o o atentado nas Olimpíadas de 1972.
Tiroteio em Munique
Incidente ocorreu no shopping center Olympia, a noroeste do centro da cidade
Um repórter da N-tv em Munique disse que há também relatos de tiros contra a Stachus, conhecida como Karlsplatz, uma grande praça no centro de Munique, a cerca de cinco quilômetros do centro comercial. "A situação ainda não está clara", disse a polícia no Twitter.
Este é o segundo ataque na Alemanha em menos de uma semana. Na segunda-feira, um jovem afegão feriu cinco pessoas em um trem na Baviera. O ataque foi reivindicado pelo Estado Islâmico (EI).
A decisão alemã de aceitar mais de dois milhões de refugiados desde o início da crise na Síria fez com que a aprovação da chanceler Angela Merkel despencasse, e abriu espeço para o retorno de grupos nacionalistas de extrema-direita que pedem o fim das imigrações e pregam o uso da violência contra muçulmanos.
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