O lobista Jorge Luz (foto), um dos maiores operadores no submundo da Petrobras, é o principal alvo da Blackout, 38a. fase da Lava-Jato, nas ruas hoje. Há um mandado de prisão contra ele e contra Bruno Luz, seu filho. Ambos são considerados facilitadores de pagamentos ilegais na estatal.
Luz atuou desde 1986 nas diretorias Internacional e de Abastecimento da Petrobras. No passado recente, um de seus principais comparsas era Fernando Soares, o Baiano, com quem atuava em nome do PMDB.
Apontado como uma espécie de pai dos operadores, um decano dos lobistas, Luz foi citado na delação de Paulo Roberto Costa e na de Baiano.
Como disse Costa em sua delação, "ele atua na Petrobras desde sempre":
— O Jorge é um lobista dentro da Petrobras desde sempre. Eu vim a conhecê-lo quando ocorreu aquele fato de ter que ter apoio do PMDB para eu continuar na diretoria.
Paraense, que foi estudar no Rio de Janeiro ainda jovem, Luz era
originalmente ligado a Jader Barbalho. Nos anos 1980, quando dirigia no
Rio de Janeiro uma Ferrari, mesmo casado, era companheiro frequente de Ariadne da Cunha Lima (foto),
que mais tarde se casaria com o empresário Jair Coelho e ficaria
conhecida como Ariadne Coelho, a rainha das quentinhas.
Atuava nos últimos tempos ao lado do filho Bruno. Está ligado ao
pagamento de propinas em contratos com a Trafigura e a Glencore,
holdings de commodities.
Sua ligação com Fernando Baiano é tamanha que Baiano se escondeu na casa dele, antes de se entregar à Justiça, em 2014.Há tempos na mira da operação, Luz chegou a ensaiar fazer delação em pelo menos duas ocasiões, mas nenhuma das negociações foi para a frente.
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