FHC, o perdulário da palavra
Ipojuca Pontes - MSM
Assinalei antes que FHC era o office-boy do globalismo patrocinado pela Open Society Foundations, de George Soros,
o mega especulador que, segundo denúncia da revista Executive
Intelligence Review (EIR), lidera o ranking dos pesos pesados do
narcotráfico internacional. A denúncia merece aprofundamento, mas antes –
por oportuno – tomo a liberdade de assinalar alguns aspectos do
processo de senilidade que se abate sobre a figura do ex-presidente, já
agora caminhando para os seus 87 anos de idade. Ou será que o processo
de decrepitude tem algo a ver com sua intrigante defesa da liberação da
maconha?
Com efeito, na ânsia de se enroscar no encarniçado vale-tudo da
política tupiniquim, FHC, conchavado ou não pela mídia amestrada, vem
cacarejando trololós diários, sem pé nem cabeça, contestando hoje o que
disse ontem, justificando o injustificável, desdizendo o que não disse,
sempre se colocando, no seu ócio de socialista abastado, no pedestal de
Salvador da Pátria. (Passou-me agora pela cabeça a pergunta
irrecorrível: seria o nosso perdulário da palavra a fantasmagoria do 19
do Forte?)
Basta olhar: para encher linguiça nas páginas de jornais (que se
tornaram aparelhos políticos das esquerdas, tal como, por exemplo, O
Globo), a empavonada figura, “sem sair de casa” (garante o falso
direitista João Doria), opina sobre tudo. De fato, no seu delírio
compulsivo, de natureza caduca, ora aconselha o fraco Temer “resistir”
ao adverso, ora defende o “ato de renúncia” do presidente que seu
partido – o corrupto PSDB – ajuda a manter no poder em troca de apoio ao
inviável Aécio Neves (até bem pouco, o candidato presidencial de FHC).
Mas a coisa não fica por aí: toda semana circula a notícia de que FHC
e Lula da Selva, seu falso rival (“os objetivos do PSDB e PT são
idênticos, a diferença é de estilo” – disse ele), vão se encontrar para
tratar do que deve ser feito pela “governabilidade do país”. Outro dia, a
mídia deu conta de que o sociólogo ligou para Nelson Jobim, o “servidor
de dois amos”, pedindo que o ex-ministro articulasse encontro entre ele
(FHC), Lula e alguns adversários do governo. Objetivo: arranjar uma
“saída controlada” para a situação nacional – embora, nos bastidores,
FHC considere que “Jobim ganha hoje milhões de reais em cargo de alto
escalão no BTG, banco alvo das investigações da Lava-jato”.
A carreira política de FHC se amparou no acaso. Lembro que ele se fez
senador nas costas de Franco Montoro, que renunciou o mandato. Na
quizília de sua sucessão presidencial, Itamar Franco, que se apossou do
poder após a queda de Collor, escolheu Zé Aparecido, feito embaixador em
Portugal, para sucedê-lo. Aparecido, cupincha velho, adoeceu. Então,
Itamar convocou Antonio Britto, o ministro da Previdência Social que
liderava as pesquisas de opinião. Brito, no entanto, preferiu ser
governador do Rio Grande do Sul. Só então Itamar inventou FHC como
candidato à Presidência. Em data recente, Pedro Simon, ex-líder do
governo Itamar no Senado, disse que a toda hora FHC ia ao Palácio do
Planalto bajular o político mineiro – que, por sinal, não confiava no
candidato a candidato.
(A propósito, em declaração pública, contrapondo a afirmação de FHC
de que Itamar foi “contra” o ilusório Plano Real, Pedro Simon,
indignado, considerou o notável da USP um sujeito ingrato e, devido às
suas rancorosas mentiras, um caso clínico a ser examinado).
Os dois governos de FHC se constituíram numa larga soma de erros,
equívocos e fraudes, a começar pelo decantado Plano Real (“Unidade Real
de Valor”) que, logo de tacada, valorizou (artificialmente) a nova moeda
em 20% acima do dólar. Nos anos seguintes, o real, vendido como
“estável”, foi desvalorizado dezenas de vezes, permitindo a volta da
inflação e o consequente desassossego financeiro. E suas falidas
“Agências Reguladoras” (extensão do “Estado regulado”, de Gramsci),
burocracia criada para controlar e fiscalizar serviços e setores da
economia, tornaram-se desde logo ineficientes cabides de emprego,
voltadas para infernizar a vida de quem produz.
Por sua vez, para enfrentar a “crise do apagão”, que gerou
racionamentos e prejuízos de bilhões de reais, FHC, na sua
imprevidência, apelou para produção das sinistras termoelétricas
(movidas a gás natural), que até hoje faz o nativo pagar a energia
elétrica mais cara do mundo.
Basta pesquisar: com FHC intensificaram-se as crises da educação, da
segurança e da saúde. O desemprego atingiu 12 milhões de trabalhadores
(o segundo em escala global).Aumentou a desigualdade de renda, A fome
campeou, as taxas da criminalidade e do consumo da maconha foram aos
cornos da lua.
Acham pouco? Bem, o governo FHC aumentou a carga tributária, criou a
aterrorizante CPMF, expandiram-se de montão os lesivos incentivos
fiscais. Nele, retraíram-se os investimentos externos, enquanto se
doavam, arbitrariamente, bilhões de reais a sindicatos comunistas e
“movimentos sociais”, entre eles o MST, composição de bandos terroristas
que acabaram por invadir na “marra” uma fazenda do próprio sociólogo
presidente. Com a crise financeira, FHC apelou três vezes ao amparo do
FMI, tido pelas esquerdas como um “braço do imperialismo ianque”.
Pior: no plano político, FHC , na base da compra do voto parlamentar,
inventou o “segundo mandato”, raiz da corrupção e da miséria política
que encharca a nação, ambas institucionalizadas por Lula (o “Abutre”) e
sua gang ilimitada.
Retornando ao mega especulador George Soros, famoso por financiar
ONGs empenhadas na liberação da maconha: com a privatização da Vale do
Rio Doce, ordenada por FHC, Soros ganhou bilhões. Como comprovado, a
Vale, considerada a maior mineradora do mundo, avaliada à época em R$ 92
bilhões, foi vendida por R$ 3,3 bilhões. Com a venda de 33% das suas
ações, o controle acionário da empresa foi assumido pela iniciativa
privada. O Nations Bank, Opportunity e Soros entraram com alguns milhões
para a compra da Vale, considerada um escândalo sem precedentes.
A Valepar, holding controladora da empresa, tornou público que Soros
adquiriu ações da Vale por R$ 100 milhões e, passado algum tempo,
vendeu-as por US$ 323 milhões. Um negócio de doido!
Quanto a FHC (cujo ministro da Fazenda, Armínio Fraga, foi diretor
executivo da Soros Found), até hoje responde a inúmeros inquéritos
judiciais por venda fraudulenta e dilapidação do patrimônio público.
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