Creio que só uma colaboração premiada poderia desvendar as entranhas dessas articulações político-ideológicas tão nocivas ao bem comum...
sábado, 1 de julho de 2017
QUEM É O GREVISTA DE GREVE GERAL?
Percival Puggina - puggina.org Inicialmente cabe perguntar: como pode ser "geral" uma greve sem apoio
da população? Pelas siglas das bandeiras que agitam, os habituais
construtores da confusão e suas massas de manobra acham muito bom o
ambiente político promovido na Venezuela e os resultados colhidos em
Cuba. Creem, então, ser de boa política demonstrar força parando o país
na marra. O sucesso deles depende do fracasso de todos os demais.
São pequenos grupos, porém, articulados nacionalmente. Param o
transporte coletivo na base da pedrada e do "miguelito", mas não são,
eles mesmos, motoristas de ônibus porque isso é muito trabalhoso.
Bloqueiam rodovias e avenidas, incendiando pneus, mas não são, eles
mesmos, transeuntes desses caminhos. Impedem os demais de trabalhar, mas
são raros, raríssimos em tais grupos, os ativistas que ganham seu
sustento com o suor do próprio rosto. Menor ainda é o número daqueles
cuja atividade, por sua natureza, agrega algum valor à economia
nacional. Querem é distância do mérito, da concorrência, do livre
mercado. São nutridos por alguma teta política, pública, sindical ou
familiar. São, estes últimos, filhinhos do papai entregues à sanha dos
encolhedores de cabeças do sistema de ensino. É a geração nem-nem, mas
com direito à mesada.O que estou descrevendo aqui por intuição,
os italianos diriam ser algo que "si sente col naso" (se percebe com o
nariz). E bem mereceria ser objeto de uma pesquisa acadêmica. Conviria à
sociedade conhecer o perfil dessas pessoas que volta e meia se
congregam para infernizar a vida dos outros. No entanto, também com o
nariz, posso intuir que a academia brasileira não teria o menor
interesse em executar essa tarefa porque ela iria desmoralizar,
politicamente, as seivas de que essa militância se nutre. E as grandes
empresas de comunicação? Bem, pelo que tenho visto ao longo deste dia 30
de junho, tampouco elas, diante das depredações e da queimação de
pneus, pronunciaram uma sílaba sequer que fosse além da mais cirúrgica
narrativa dos fatos em curso. Tão lépidos em comentar tudo, entendam ou
não dos assuntos, demonstram-se, hoje, absolutamente indispostos a
qualquer análise do que está acontecendo. No entanto, há uma riqueza de
conteúdo, tanto no que não aconteceu quanto no que aconteceu. Tudo por
ser investigado.
Creio que só uma colaboração premiada poderia desvendar as entranhas dessas articulações político-ideológicas tão nocivas ao bem comum...
Creio que só uma colaboração premiada poderia desvendar as entranhas dessas articulações político-ideológicas tão nocivas ao bem comum...
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