segunda-feira, 1 de setembro de 2014

A praga do multiculturalismo: os britânicos que aderem ao radicalismo islâmico
Rodrigo Constantino - VEJA
O serviço de inteligência do Reino Unido afirma que o decapitador do jornalista James Foley é um dos mais de 800 britânicos que aderiram ao radicalismo islâmico. O caso reacendeu o debate sobre o multiculturalismo, que vem sendo condenado pelos conservadores há décadas. O resultado está aí: uma massa de alienados do próprio Ocidente lutando pela destruição da civilização ocidental, a mais avançada e liberal de todas.
Os “intelectuais” de esquerda têm tudo a ver com isso. Após décadas cuspindo no Ocidente, repetindo que tudo que há de mais podre vem da própria Europa ou dos Estados Unidos, e ao mesmo tempo, em evidente contradição, alegando que nenhuma cultura é melhor do que outra, que todas são “apenas diferentes”, esses pensadores ajudaram a criar um clima de segregação, alienação e até ódio aos próprios valores ocidentais.
Uma reportagem da Veja desta semana conclui sobre o assunto:
Multiculturalismo
Um dos que mais têm combatido essa praga no Reino Unido é, sem dúvida, o psiquiatra Theodore Dalrymple, cujos excelentes livros sempre recomendo aqui. Dalrymple, ao tratar de milhares de imigrantes e filhos de imigrantes nas prisões britânicas, conheceu de perto o estrago que as ideias “progressistas” causaram nessa gente. O multiculturalismo é a mais nefasta delas.
Para ele, “o multiculturalismo repousa sobre a suposição – ou melhor, a pretensão desonesta – de que todas as culturas são iguais em todos os aspectos e que nenhum conflito fundamental pode surgir entre os costumes, as morais e as perspectivas filosóficas de duas culturas diferentes”. O multiculturalista quer ter e comer o bolo ao mesmo tempo, acredita em “almoço grátis”, adota visão mais que ingênua ou romântica de mundo; uma visão estúpida e perigosa.
“Se todas as culturas são iguais, e ninguém tem o direito de impor suas normas a qualquer outro, o que está errado com os guetos de imigrantes que surgiram, onde a população (ou seja, a população masculina) se beneficia, de fato, de direitos extraterritoriais?”, pergunta Dalrymple. “Se é o costume de sua cultura ancestral manter as meninas fora da escola e forçá-las a casamentos que elas não querem e confiscar os passaportes que o governo britânico emite para seu uso pessoal, o que pode um multiculturalista criticar, sem afirmar a superioridade de seus próprios valores?”, completa.
Até quando os ocidentais terão vergonha de seu legado superior? Até quando as elites ocidentais vão tratar sua herança cultural como inferior ou, no máximo, equivalente àquela de povos claramente atrasados ou bárbaros? Até quando a covardia do politicamente correto vai induzir os jovens imigrantes que, afinal, saíram de seus países para buscar refúgio no Ocidente, a cuspir no próprio anfitrião que os recebe?
O multiculturalismo é mesmo uma praga. E pior: uma praga criada no conforto dos escritórios e faculdades dos “intelectuais” ocidentais. São os bárbaros de dentro do portão que representam a maior ameaça ao modelo de democracia liberal parido no Ocidente.

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