Aliado do deputado envolvido com o doleiro Alberto Youssef pediu vista do caso, que se arrasta sem desfecho há seis meses na Câmara
Marcela Mattos - VEJA
O deputado André Vargas (sem partido-PR) conseguiu protelar mais uma
vez o desfecho do seu processo de cassação do mandato nesta
quarta-feira. E mais uma vez com a ajuda do seu antigo partido, o PT. Na
quarta tentativa consecutiva de analisar recurso de Vargas contra a
ação, José Mentor (PT-SP) pediu mais um adiamento na Comissão de
Constituição e Justiça (CCJ), sob o argumento de que o parecer final que
negava o recurso “não estava adequado”. O caso voltará a ser analisado
na próxima terça-feira.
Embora não esteja mais filiado ao PT, Vargas tem contado com o apoio
de ex-correligionários para fugir de uma cassação, que o levaria, mais
do que perder o mandato a dois meses do fim do ano legislativo, a ficar
inelegível por oito anos. Enquanto o processo corria no Conselho de
Ética, cabia ao petista Zé Geraldo (PA) atuar em defesa do colega.
As seguidas manobras têm surtido efeito nos últimos seis meses: o processo de cassação se arrastou por quatro meses no Conselho de Ética, e, agora, espera há dois meses análise de recurso apresentado à CCJ. As sessões anteriores foram encerradas por falta de quórum. Nesta quarta, o colegiado começou a discutir o relatório do deputado Sérgio Zveiter (PSD-RJ), mas a reunião foi encerrada sem votar o parecer a pedido Mentor. A CCJ é a última expectativa de Vargas. De lá, o processo segue para análise do plenário.
Vargas teve o pedido de cassação aprovado pelo Conselho de Ética em 20 de agosto, quando o colegiado aprovou parecer que dizia que o parlamentar paranaense integrava o “contexto de uma imensa rede criminosa especializada na lavagem de dinheiro e na evasão de divisas como o agente responsável por abrir as portas da administração pública”. Youssef é considerado pivô de um megaesquema de lavagem de dinheiro que agia, inclusive, dentro da Petrobras.
Em uma de suas várias manobras para fugir da cassação, Vargas acionou a CCJ sob o argumento de que teve direito de defesa cerceado no Conselho de Ética – embora tenha sido convocado diversas vezes a prestar depoimento, mantendo-se ausente. Para o relator, o colegiado “em todo o procedimento disciplinar, trilhou o estreito caminho da constitucionalidade e legalidade”. “Não houve qualquer ato do conselho ou de seus membros que tenham contrariado norma constitucional, legal, regimental”, disse Zveiter no relatório.
As seguidas manobras têm surtido efeito nos últimos seis meses: o processo de cassação se arrastou por quatro meses no Conselho de Ética, e, agora, espera há dois meses análise de recurso apresentado à CCJ. As sessões anteriores foram encerradas por falta de quórum. Nesta quarta, o colegiado começou a discutir o relatório do deputado Sérgio Zveiter (PSD-RJ), mas a reunião foi encerrada sem votar o parecer a pedido Mentor. A CCJ é a última expectativa de Vargas. De lá, o processo segue para análise do plenário.
Vargas teve o pedido de cassação aprovado pelo Conselho de Ética em 20 de agosto, quando o colegiado aprovou parecer que dizia que o parlamentar paranaense integrava o “contexto de uma imensa rede criminosa especializada na lavagem de dinheiro e na evasão de divisas como o agente responsável por abrir as portas da administração pública”. Youssef é considerado pivô de um megaesquema de lavagem de dinheiro que agia, inclusive, dentro da Petrobras.
Em uma de suas várias manobras para fugir da cassação, Vargas acionou a CCJ sob o argumento de que teve direito de defesa cerceado no Conselho de Ética – embora tenha sido convocado diversas vezes a prestar depoimento, mantendo-se ausente. Para o relator, o colegiado “em todo o procedimento disciplinar, trilhou o estreito caminho da constitucionalidade e legalidade”. “Não houve qualquer ato do conselho ou de seus membros que tenham contrariado norma constitucional, legal, regimental”, disse Zveiter no relatório.
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