sábado, 6 de dezembro de 2014

Lugar de Sininho é atrás das grades
Rodrigo Constantino - VEJA 
A “ativista” Elisa Quadros, mais conhecida como Sininho, está foragida. Seu mandado de prisão foi expedido após ficar claro que havia desrespeitado a medida cautelar que a proibia de participar de novos protestos. A paixão revolucionária falou mais alto. A inclinação à delinquência foi forte demais.
O desembargador Siro Darlan vai avaliar agora o novo pedido de habeas corpus, e enviou um pedido de explicações ao juiz titular da 27ª Vara Criminal, Flávio Itabaiana, antes de julgá-lo. De acordo com a investigação da Polícia Civil, no dia 15 de outubro, Sininho e seus comparsas estiveram em um protesto na Cinelândia, em frente à Câmara de Vereadores. A reportagem do GLOBO refresca nossa memória:
Quando deixou o presídio em Gericinó, no dia 24 de julho deste ano, Sininho e outros ativistas agrediram jornalistas. Ela estava presa juntamente com Camila Jourdan, coordenadora do programa de pós-graduação em filosofia da Uerj, e Igor D’Icarahy no complexo penitenciário. Na ocasião, cerca de 30 manifestantes que aguardavam do lado de fora atacaram repórteres que cobriam a saída dos ativistas. Houve reação, e uma briga generalizada tomou conta da rua em frente ao presídio. A situação só se acalmou quando os três acusados foram embora.
Na mesma noite em que deixou a prisão, Sininho voltou a se envolver num caso de polícia. Ela e uma amiga, identificada como Camila, que seria advogada, foram acusadas de terem agredido fisicamente Joia Sangenis, de 58 anos. A confusão aconteceu quando um grupo, em que estava Sininho, comemorava a libertação num restaurante na Cinelândia. Joia, que registrou queixa de lesão corporal na Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (Deam), no Centro, contou que, ao chegar ao local foi acusada de delatora, o que deu início, de acordo com ela, a agressões.
Ou seja, trata-se claramente de alguém que não consegue se manter longe de confusões e respeitar as leis. Sininho já se mostrou reincidente, incapaz de agir conforme uma cidadã ordeira. Julga-se acima das leis, acha que sua “revolução” lhe concede um direito de ignorar as regras da sociedade. Delinquiu, e delinquirá novamente se permanecer solta, isso está claro. Seu lugar é na prisão, para garantir mais paz e ordem aos trabalhadores deste país e para proteger nosso patrimônio público.
PS: Um amigo e leitor, que é advogado, mandou email argumentando que mantê-la presa poderia, sim, ser visto como afronta ao estado de direito, e que não existe prisão antes de sentença condenatória transitada em julgado, salvo por razões cautelares (ex: evitar que a pessoa venha a delinquir novamente, intimidar testemunhas, seja linchada, etc). Lembra, ainda, que existem outras medidas cautelares diversas da prisão e eficazes, sendo menos invasivas à liberdade das pessoas. Pode ser, e não sou da área jurídica. Meu texto focou mais no que julgo ser o lugar ideal para esta “ativista”, que já deixou claro não ter apreço pelas leis, mas claro que defendo isso com base, antes, em todo o devido processo legal a que todos devem ter direito.

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