Elton Simões - Blog do Noblat
Dilma Rousseff, abertura dos Jogos Mundiais dos Povos Indígenas (Foto: Evaristo Sá / AFP)
Manha de domingo é coisa para ser aproveitada. É presente da vida. Dá a
possibilidade de relaxar, ler jornais, ficar em dia, enfim. Sobretudo
diante de uma (ou varias) xícara de café.
E é aproveitando este prazer que me encontrei em um café, lendo, após
semana corrida, as notícias atrasadas da semana, admirando o verão
canadense pela janela e ouvindo tango argentino pelo computador. Mistura
talvez estranha, certamente improvável. Eu sei...
Enquanto o fone entrega a voz de Gardel a meus ouvidos, fico sabendo que a mandioca foi o assunto importante na semana na terrinha. Assisto, sem querer acreditar, vídeo presidencial homenageando o tubérculo, seguido de incrível digressão sobre a “Mulher Sapiens”. Felizmente, Gardel, sopra em meus ouvidos, explicação provável:
“(…) es un despliegue
de maldad insolente
ya no hay quien lo niegue.
Vivimos revolcaos en un merengue
y en un mismo lodo
todos manoseaos…”
Com a memoria inda severamente impactada pela mandioca presidencial, vem mais noticias da lama que parece assolar os pais. Falam de prisões, hipocrisia e cinismo. Mais, uma vez, Gardel parece ter compreendido:
“Hoy resulta que es lo mismo
ser derecho que traidor..!
Ignorante, sabio, chorro,
generoso o estafador!
Todo es igual! Nada es mejor!
Lo mismo un burro
que un gran profesor!
No hay aplazaos ni escalafon,
los inmorales nos han igualao.
Si uno vive en la impostura
y otro roba en su ambicion,
da lo mismo que sea cura,
colchonero, rey de bastos,
caradura o polizon…
Que falta de respeto,
que atropello a la razon!
Cualquiera es un señor!
Cualquiera es un ladron!”
E, com cenas de cinismo explicito, vem a demonstração de que a mau gosto e a falta de imaginação não poupam nem mesmo as paginas policiais. Falam de Brahma, Caneco, Tulipa e Pixulecos. Triste, mas nada que Gardel ja não tenha explicado:
El que no llora, no mama,
y el que no afana es un gil.
Dale nomas! Dale que va!
Que alla en el horno
nos vamo a encontrar!
E, diante de mandiocas, mulher sapiens, Caneco, Tulipa e Pixulecos, só resta torcer para que as a gente não termine como tango argentino e que, em algum momento, seja possível obter, ainda que com atraso, justiça. Se não, resta apenas aceitar o diagnostico e conselho de que tudo é Cambalache:
“No pienses mas,
sentate a un lao.
Que a nadie importa
si naciste honrao.
Que es lo mismo el que labura
noche y dia, como un buey
que el que vive de los otros,
que el que mata o el que cura
o esta fuera de la ley.”
Enquanto o fone entrega a voz de Gardel a meus ouvidos, fico sabendo que a mandioca foi o assunto importante na semana na terrinha. Assisto, sem querer acreditar, vídeo presidencial homenageando o tubérculo, seguido de incrível digressão sobre a “Mulher Sapiens”. Felizmente, Gardel, sopra em meus ouvidos, explicação provável:
“(…) es un despliegue
de maldad insolente
ya no hay quien lo niegue.
Vivimos revolcaos en un merengue
y en un mismo lodo
todos manoseaos…”
Com a memoria inda severamente impactada pela mandioca presidencial, vem mais noticias da lama que parece assolar os pais. Falam de prisões, hipocrisia e cinismo. Mais, uma vez, Gardel parece ter compreendido:
“Hoy resulta que es lo mismo
ser derecho que traidor..!
Ignorante, sabio, chorro,
generoso o estafador!
Todo es igual! Nada es mejor!
Lo mismo un burro
que un gran profesor!
No hay aplazaos ni escalafon,
los inmorales nos han igualao.
Si uno vive en la impostura
y otro roba en su ambicion,
da lo mismo que sea cura,
colchonero, rey de bastos,
caradura o polizon…
Que falta de respeto,
que atropello a la razon!
Cualquiera es un señor!
Cualquiera es un ladron!”
E, com cenas de cinismo explicito, vem a demonstração de que a mau gosto e a falta de imaginação não poupam nem mesmo as paginas policiais. Falam de Brahma, Caneco, Tulipa e Pixulecos. Triste, mas nada que Gardel ja não tenha explicado:
El que no llora, no mama,
y el que no afana es un gil.
Dale nomas! Dale que va!
Que alla en el horno
nos vamo a encontrar!
E, diante de mandiocas, mulher sapiens, Caneco, Tulipa e Pixulecos, só resta torcer para que as a gente não termine como tango argentino e que, em algum momento, seja possível obter, ainda que com atraso, justiça. Se não, resta apenas aceitar o diagnostico e conselho de que tudo é Cambalache:
“No pienses mas,
sentate a un lao.
Que a nadie importa
si naciste honrao.
Que es lo mismo el que labura
noche y dia, como un buey
que el que vive de los otros,
que el que mata o el que cura
o esta fuera de la ley.”
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