MARIA CRISTINA FRIAS - FSP
Após três anos seguidos de altas, a indústria calçadista brasileira reduziu em 11% os investimentos em 2014 como reflexo da estagnação das exportações e da queda de demanda no mercado interno.
O setor também observou o fechamento de aproximadamente 200 empresas no período, segundo dados da Abicalçados (associação da área) em parceria com a consultoria IEMI (Instituto de Estudos e Marketing Industrial).
O valor aportado pelo segmento passou de R$ 669 milhões em 2013 para R$ 594 milhões no ano passado.
A retração está atrelada ao nível de produção que foi 2,5% menor em 2014, segundo Heitor Klein, presidente-executivo da Abicalçados.
"Há uma relação direta entre queda de investimentos e de demanda", afirma.
Com a piora do cenário econômico neste ano, o executivo diz que a tendência é que haja uma baixa ainda maior dos aportes em 2015.
Sobre o fechamento de empresas, os mais atingidos foram principalmente pequenos grupos prestadores de serviços. "Esses são sempre os primeiros a sentir a queda no nível de atividade."
A indústria calçadista espera uma melhora nas exportações no segundo semestre, principalmente por causa do câmbio mais favorável.
"De qualquer forma, mesmo que ocorra uma virada na situação, o crescimento só será observado a partir de dezembro, quando começarão os embarques resultantes das negociações do semestre."
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QUEDA DO TIJOLO
O PIB (Produto Interno Bruto) da cadeia da construção civil registrou
uma queda real de 2,7% no primeiro trimestre deste ano em relação a
igual período de 2014, segundo estudo da Fiesp (Federação das Indústrias
do Estado de São Paulo).
Nos três primeiros meses deste ano, o setor movimentou R$ 253,6 milhões. A indústria de materiais e as construtoras que, juntas, detinham 51,4% do PIB setorial, foram as que mais contribuíram para a retração: -8,1% e -4,5%, respectivamente.
"A falta de investimentos em obras, os juros superelevados, a inflação alta e o atraso nos pagamentos do governo às construtoras puxaram o desempenho do segmento para baixo", diz Carlos Auricchio, diretor da federação.
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MORDIDA AMERICANA
A Bauducco, fabricante do setor alimentício, vai construir sua primeira fábrica fora do Brasil.
A unidade, que será instalada em Miami, servirá de apoio para as operações nos Estados Unidos, no Canadá e em Porto Rico.
A empresa informou que a construção será uma das mais modernas do grupo.
A unidade produzirá inicialmente panetones, que são o carro-chefe da Bauducco nos Estados Unidos, e biscoitos do tipo waffer. A marca atua no país há 10 anos.
As operações da planta devem iniciar em 2016. Serão contratados cerca de 100 empregados diretos.
Essa será a sexta fábrica da empresa, que tem ainda sete centros de distribuição instalados no Brasil, cerca de 140 mil pontos de vendas e exporta seus produtos para ao menos 80 países.
A Bauducco pertence ao grupo Pandurata, que também é detentor das marcas Visconti, Tommy, e tem uma joint venture com a marca norte-americana de chocolates Hershey no Brasil.
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Joia... A Samsung vai iniciar em julho no Brasil a venda de uma
nova versão do Galaxy S6 Edge, na cor verde esmeralda, além de novos
modelos com capacidade de armazenamento de 32 GB.
...interativa O preço sugerido dos aparelhos será de R$ 3.499. Hoje, o Galaxy S6 Edge está presente nas cores branco perolado, preto safira e dourado, com 64 GB de memória.
Comando Juan Carlos Duque será o novo presidente da Atlantica Hotels. Fundador da rede, Paul Sistare permanecerá como CEO da companhia.
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POSIÇÃO SUECA
Desaceleração econômica, impostos, taxas alfandegárias, altos custos e
protecionismo são as principais dificuldades para as empresas suecas
estabelecidas no Brasil, segundo a Câmara de Comércio Sueco-Brasileira.
Mesmo com as dificuldades, a pesquisa feita pela entidade e a S/A Kreab aponta que 56% das empresas pretendem manter o mesmo número de colaboradores e 23% planejam contratar entre um e dez funcionários.
"O tamanho e o potencial do mercado são a principal razão para essas companhias atuarem no país", conta Jonas Lindströn, diretor-executivo da Swedcham.
Colômbia, seguida de Chile e Argentina são os países preferidos para expansão na América Latina ou para destino de exportações.
O setor de óleo e gás é o foco de investimento para 11% das empresas.
Como na pesquisa do ano passado, o maior desafio continua sendo encontrar profissionais qualificados.
O mesmo percentual das companhias, de 61,8%, continua a investir recursos em treinamento.
68%
é o percentual de companhias que pretendem crescer organicamente, com investimentos próprios
56%
são as empresas que têm departamento interno de marketing e comunicação
22%
é a parcela das empresas, consideradas pequenas e médias, que tiveram faturamento entre R$ 100 mil e R$ 500 mil em 2014
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