LUCAS NEVES - FSP
Uma delas é a Universidade Kiron, fundada por dois jovens em Berlim, que
oferece há dois meses cursos on-line gratuitos só para refugiados.
Kiron, na mitologia grega, era o centauro mentor de Jasão.
A instituição já tem 1.250 alunos em cinco formações: negócios,
informática, arquitetura, engenharia e estudos interculturais -as mais
citadas em enquete com os mil primeiros a demonstrar interesse no
projeto. Comunicação, ciências sociais e literatura devem ser as
próximas.
Segundo Vincent Zimmer, um dos cofundadores, 80% dos inscritos são sírios; palestinos, ucranianos e eritreus também são numerosos. Por ora, só 20% são mulheres, distorção que a direção pretende equacionar ampliando a gama de cursos.
Na Kiron, no primeiro ano, os estudantes seguem cursos de línguas e de cultura geral; de acordo com o nível atingido, cumprem ou não uma espécie de ciclo básico da especialidade escolhida. No segundo ano, aprofundam-se no campo de predileção.
As lições (em inglês, com legendas) são adaptadas por uma equipe pedagógica a partir de conteúdos desenvolvidos por universidades prestigiosas, como as americanas Harvard e Stanford e as britânicas Cambridge e Oxford. Há hoje em rede 400 cursos.
PRESENCIAL
No terceiro ano, os cursos passam a ser presenciais em uma das instituições parceiras da Kiron -Zimmer diz já ter acordos de colaboração com 32, sobretudo na Alemanha (e também em Gana, Reino Unido, Turquia e Grécia).
"Essas universidades irão testar os cursos para ver se correspondem a seus currículos e se podem estabelecer equivalências", explica. "A ideia é que a transferência de alunos a partir do quinto semestre seja automática."
A proposta de cooperação interessa a universidades alemãs, cuja taxa de abandono no terceiro ano por vezes chega a 30%. Salas cheias fortalecem o pleito por verba.
Na Kiron, financiamento é um gargalo. Apesar de a instituição não ter corpo docente tradicional, há tutores, gasto com manutenção dos sistemas e aluguel de salas de apoio num microcampus em Berlim, além do custo das vagas em instituições parceiras.
A equipe levantou para o primeiro ano € 535 mil (R$ 2,3 milhões) via crowdfunding e um pouco mais do que isso em doações de pessoas físicas.
"Estamos conversando com o governo alemão e a Comunidade Europeia, mas esse tipo de apoio demora", diz Zimmer. "Por isso, pediremos a empresas que financiem os alunos e recebam quando eles se formarem."
Viktor Strasse/Divulgação | ||
Da esq. para a dir., Vincent Zimmer, cofundador da universidade Kiron, Fatuma, estudante somali, e Markus Kressler, cofundador |
Segundo Vincent Zimmer, um dos cofundadores, 80% dos inscritos são sírios; palestinos, ucranianos e eritreus também são numerosos. Por ora, só 20% são mulheres, distorção que a direção pretende equacionar ampliando a gama de cursos.
Na Kiron, no primeiro ano, os estudantes seguem cursos de línguas e de cultura geral; de acordo com o nível atingido, cumprem ou não uma espécie de ciclo básico da especialidade escolhida. No segundo ano, aprofundam-se no campo de predileção.
As lições (em inglês, com legendas) são adaptadas por uma equipe pedagógica a partir de conteúdos desenvolvidos por universidades prestigiosas, como as americanas Harvard e Stanford e as britânicas Cambridge e Oxford. Há hoje em rede 400 cursos.
PRESENCIAL
No terceiro ano, os cursos passam a ser presenciais em uma das instituições parceiras da Kiron -Zimmer diz já ter acordos de colaboração com 32, sobretudo na Alemanha (e também em Gana, Reino Unido, Turquia e Grécia).
"Essas universidades irão testar os cursos para ver se correspondem a seus currículos e se podem estabelecer equivalências", explica. "A ideia é que a transferência de alunos a partir do quinto semestre seja automática."
A proposta de cooperação interessa a universidades alemãs, cuja taxa de abandono no terceiro ano por vezes chega a 30%. Salas cheias fortalecem o pleito por verba.
Na Kiron, financiamento é um gargalo. Apesar de a instituição não ter corpo docente tradicional, há tutores, gasto com manutenção dos sistemas e aluguel de salas de apoio num microcampus em Berlim, além do custo das vagas em instituições parceiras.
A equipe levantou para o primeiro ano € 535 mil (R$ 2,3 milhões) via crowdfunding e um pouco mais do que isso em doações de pessoas físicas.
"Estamos conversando com o governo alemão e a Comunidade Europeia, mas esse tipo de apoio demora", diz Zimmer. "Por isso, pediremos a empresas que financiem os alunos e recebam quando eles se formarem."
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