FSP
O esforço para impedir a nomeação tem se concentrado, segundo um aliado
do embaixador da Palestina, em Ramallah, onde integrantes do governo
palestino têm conversado com a representação brasileira.
Desde agosto, o governo brasileiro ignora a indicação do argentino naturalizado israelense, 60, como o embaixador designado por Israel. O motivo seria o fato de Dayan ter presidido, de 2007 e 2013, o Conselho Yesha, que representa 500 mil colonos israelenses na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental.
O Brasil se opõe à existência de assentamentos israelenses na Cisjordânia.
Simpático à causa palestina, o deputado federal Carlos Marun (PMDB-MS) reuniu-se com a embaixadora Ligia Maria Scherer, diretora do Departamento do Oriente Médio do Ministério das Relações Exteriores, e pediu que o governo brasileiro não conceda o agrément (autorização para o representante estrangeiro atuar no país).
Em setembro, um grupo de 56 deputados federais entregou petição ao atual
embaixador israelense, Reda Mansour, para que o governo de seu país
designe outra pessoa para o posto.
O governo brasileiro pretende segurar a nomeação do novo embaixador de Israel no Brasil até que o governo israelense troque a indicação.
Em conversa pelo telefone, o ministro israelense de Defesa, Moshe Ya'alon, chegou a tentar convencer o ministro brasileiro da Casa Civil, Jaques Wagner, a aceitar Dani Dayan.
Os argumentos, no entanto, não convenceram o ministro de Relações Exteriores, Mauro Vieira, que, segundo assessores e auxiliares da presidente Dilma Rousseff, "colocou o pé firme" na questão.
A protelação da decisão é vista como prejudicial ao Brasil entre alguns setores, como o militar, segundo apurou a Folha.
A avaliação é de que a nomeação criaria um mal-estar internacional e poderia ser criticada por entidades mundiais.
A tendência é de que o governo brasileiro não tente negociar a troca do nome, para evitar que o movimento seja entendido pelo governo israelense como uma tentativa de interferência em uma decisão que cabe apenas ao país do Oriente Médio.
Desde agosto, o governo brasileiro ignora a indicação do argentino naturalizado israelense, 60, como o embaixador designado por Israel. O motivo seria o fato de Dayan ter presidido, de 2007 e 2013, o Conselho Yesha, que representa 500 mil colonos israelenses na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental.
O Brasil se opõe à existência de assentamentos israelenses na Cisjordânia.
Simpático à causa palestina, o deputado federal Carlos Marun (PMDB-MS) reuniu-se com a embaixadora Ligia Maria Scherer, diretora do Departamento do Oriente Médio do Ministério das Relações Exteriores, e pediu que o governo brasileiro não conceda o agrément (autorização para o representante estrangeiro atuar no país).
Olivier Fitoussi/Associated Press | ||
Dani Dayan, apontado por Israel como o próximo embaixador no Brasil |
O governo brasileiro pretende segurar a nomeação do novo embaixador de Israel no Brasil até que o governo israelense troque a indicação.
Em conversa pelo telefone, o ministro israelense de Defesa, Moshe Ya'alon, chegou a tentar convencer o ministro brasileiro da Casa Civil, Jaques Wagner, a aceitar Dani Dayan.
Os argumentos, no entanto, não convenceram o ministro de Relações Exteriores, Mauro Vieira, que, segundo assessores e auxiliares da presidente Dilma Rousseff, "colocou o pé firme" na questão.
A protelação da decisão é vista como prejudicial ao Brasil entre alguns setores, como o militar, segundo apurou a Folha.
A avaliação é de que a nomeação criaria um mal-estar internacional e poderia ser criticada por entidades mundiais.
A tendência é de que o governo brasileiro não tente negociar a troca do nome, para evitar que o movimento seja entendido pelo governo israelense como uma tentativa de interferência em uma decisão que cabe apenas ao país do Oriente Médio.
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