Jonathan Landay, Warren Strobel e Phil Stewart - Reuters
BBC
Mulher que diz ter sido vendida como escrava sexual pelo Estado Islâmico
Teólogos do Estado Islâmico emitiram uma decisão extremamente detalhada
sobre quando "donos" das mulheres escravizadas pelo grupo extremista
podem ter relações sexuais com elas, em uma aparente tentativa de conter
o que eles chamaram de violações no tratamento das capturadas.
A
decisão, ou fatwa, tem força de lei e parece ir além das conhecidas
declarações anteriores do Estado Islâmico sobre o assunto, disse um
destacado estudioso desse grupo jihadista. A medida lança nova luz sobre
a forma como o grupo está tentando reinterpretar centenários
ensinamentos para justificar a escravidão sexual de mulheres em áreas da
Síria e do Iraque que controla.
A fatwa estava entre um enorme acervo de documentos capturados por Forças de Operações Especiais dos Estados Unidos durante um ataque que tinha como alvo um alto funcionário do Estado Islâmico na Síria, em maio. A Reuters viu alguns dos documentos, que não foram previamente publicados.
Entre as normas religiosas estão a proibição de pai e filho manterem relações sexuais com a mesma escrava; e o proprietário de uma mãe e filha fazer sexo com ambas. A relação sexual também é proibida para coproprietários de uma prisioneira do sexo feminino porque ela é vista como "parte de uma propriedade conjunta".
A Organização das Nações Unidas e grupos de defesa dos direitos humanos acusam o Estado Islâmico do rapto e estupro sistemático de milhares de mulheres e meninas, especialmente membros da minoria yazidi no norte do Iraque. Muitas têm sido dadas aos combatentes como uma recompensa ou são vendidas como escravas sexuais.
Longe de tentar esconder a prática, o Estado Islâmico se vangloriou disso e criou um departamento de "despojos de guerra" para gerenciar a escravidão. A Reuters informou na segunda-feira (28) sobre a existência do departamento.
Em um relatório de abril, a Human Rights Watch entrevistou 20 fugitivas do sexo feminino que contaram como combatentes do Estado Islâmico separavam as moças e meninas de homens e meninos e mulheres mais velhas. Elas foram levadas "de uma forma organizada e metódica para vários lugares no Iraque e na Síria" e eram então vendidas ou dadas como presentes, e repetidamente violadas ou submetidas a violência sexual.
A fatwa estava entre um enorme acervo de documentos capturados por Forças de Operações Especiais dos Estados Unidos durante um ataque que tinha como alvo um alto funcionário do Estado Islâmico na Síria, em maio. A Reuters viu alguns dos documentos, que não foram previamente publicados.
Entre as normas religiosas estão a proibição de pai e filho manterem relações sexuais com a mesma escrava; e o proprietário de uma mãe e filha fazer sexo com ambas. A relação sexual também é proibida para coproprietários de uma prisioneira do sexo feminino porque ela é vista como "parte de uma propriedade conjunta".
A Organização das Nações Unidas e grupos de defesa dos direitos humanos acusam o Estado Islâmico do rapto e estupro sistemático de milhares de mulheres e meninas, especialmente membros da minoria yazidi no norte do Iraque. Muitas têm sido dadas aos combatentes como uma recompensa ou são vendidas como escravas sexuais.
Longe de tentar esconder a prática, o Estado Islâmico se vangloriou disso e criou um departamento de "despojos de guerra" para gerenciar a escravidão. A Reuters informou na segunda-feira (28) sobre a existência do departamento.
Em um relatório de abril, a Human Rights Watch entrevistou 20 fugitivas do sexo feminino que contaram como combatentes do Estado Islâmico separavam as moças e meninas de homens e meninos e mulheres mais velhas. Elas foram levadas "de uma forma organizada e metódica para vários lugares no Iraque e na Síria" e eram então vendidas ou dadas como presentes, e repetidamente violadas ou submetidas a violência sexual.
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