Saifeddine Rezgui tinha 23 anos e estudava engenharia. Ele foi morto pela polícia tunisiana depois de abrir fogo contra os turistas em Sousse
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O Estado Islâmico assumiu a autoria do atentado e publicou uma foto de Rezgui - identificado por eles como Abu Yihya Al Kairouni. " Que Alá aceite o seu jihad". Na imagem, o autor do atentado aparece sorrindo e ao lado de dois Kalashnikovs. Na declaração, os radicais chamam o hotel tunisiano de "bordel" e afirmam que as vítimas eram "infiéis". O EI usa o termo para designar todos aqueles que não compactuam com a interpretação radical do Islã que rege as atrocidades dos terroristas. Segundo o diário The Telegraph, Rezgui gostava de rap e era torcedor fanático do Real Madrid. Seus pais foram detidos como parte da investigação. Outro terrorista foi preso e um terceiro ainda é procurado pela polícia.
O autor do atentado, o pior na história recente da Tunísia, havia escondido sua arma em um guarda-sol, fingindo ser mais um turista. Rezgui disparou contra as pessoas que estavam na praia e depois entrou no hotel Riu Imperial Marhaba de Port el Kantoui (perto de Sousse, 140 km ao sul de Túnis) para matar as pessoas que pegavam sol ou aproveitavam a piscina. A imagem confirma que Rezgui estava vestido como qualquer outro banhista - mas com um fuzil AK-47 em mãos.
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EI publicou em uma conta no Twitter uma foto de Saifeddine Rezgui: “ Que Alá aceite o seu jihad”, escreveu o grupo terrorista
O EI já havia emitido um comunicado se dizendo responsável pela explosão em uma mesquita na capital do Kuwait, chamada de Cidade do Kuwait. O atentado, nesta sexta-feira, matou ao menos 25 pessoas e deixou mais de duzentas feridas. O EI não se pronunciou sobre o ataque terrorista que vitimou uma pessoa em Lyon, na França. As autoridades francesas e o Departamento de Estado americano afirmaram que os três atentados não possuem ligações entre si.
Os ataques ocorreram durante o mês sagrado do Islã, o Ramadã. Apesar de os EUA negarem que haja uma ligação entre os atentados, nesta terça-feira, o EI incitou seus seguidores a intensificar os ataques, durante o mês sagrado, contra os cristãos e mesmo contra muçulmanos que não estão de acordo com os "preceitos do califado". "Eu não acredito que as investigações estejam em um nível em que as autoridades saibam exatamente o que motivou cada um destes atentados e se o Ramadã foi um fator relevante", disse o porta-voz do Departamento de Estado americano, John Kirby. "É muito cedo para afirmar isso agora", finalizou.
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