quarta-feira, 23 de dezembro de 2015

Brasil perde ‘tesouro’ por fogo em Museu da Língua, diz mídia estrangeira
Daniel Buarque 
Incêndio no Museu da Língua Portuguesa destrói tesouro respeitado, diz mídia internacionalIncêndio no Museu da Língua Portuguesa destrói tesouro respeitado, diz mídia internacional
Na mesma semana em que o mundo assistiu empolgado à inauguração do Museu do Amanhã, no Rio de Janeiro, os principais veículos de comunicação do planeta voltaram a falar de um museu brasileiro, mas com outro tom. O incêndio que destruiu o Museu da Língua Portuguesa, em São Paulo, foi destaque na mídia internacional, que lamentou a perda de um “tesouro'', do único museu do tipo no mundo.
Brasil perde 'tesouro' por fogo em Museu da Língua, diz mídia estrangeiraBrasil perde 'tesouro' por fogo em Museu da Língua, diz mídia estrangeira
O “New York Times'' lamentou em uma nota o incêndio e chamou o Museu da língua Portuguesa de “um tesouro de informações sobre a história e evolução do idioma.
O jornal ressalta que o incêndio ocorreu em um dia em que o museu estava fechado, o que pode ter evitado que houvesse mais vítimas.
Segundo o “New York Times'', o museu era um dos mais populares e respeitados da América Latina, “um centro de referência e importante recurso cultural da região'', diz.
“O museu da língua portuguesa é o único museu do mundo inteiramente dedicado a um idioma'', explica o site “International Business Times''.
O portal da revista alemã “Spiegel'' colocou uma galeria de fotos do incêndio e lembrou que o museu da Língua Portuguesa é um dos mais amados e visitados do Brasil, com destaque para a sua interatividade. A revista explica que nas muitas instalações era possível brincar com as palavras e seus significados.
As principais agências internacionais de notícias ressaltaram o fato de que a maior parte da coleção do museu é digital, o que felizmente protege o acervo de originais usados nas exposições.
A revista francesa “Le Point'' chamou o incêndio de tragédia e disse que o museu era “único no mundo''. O diferencial, explica, é que ele não abrigava quadros ou livros. “Ele fazia os visitantes saborearem o português escrito e falado no Brasil misturado a palavras de origem indígena ou africana'', explicou.

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