VALDO CRUZ - FSP
Os juros futuros e o CDS (credit default swap), indicadores da percepção
de risco na economia, também subiram. O CDS, uma espécie de seguro
contra o calote da dívida do país, passou de 500 pontos pela primeira
vez desde 29 de setembro. A Bolsa brasileira caiu quase 3%.
O maior temor do mercado financeiro é que ele ceda a pressões para que a economia brasileira volte a crescer a qualquer custo.Na conferência desta segunda-feira (21), Barbosa voltou a prometer que o governo não irá abandonar o ajuste fiscal, mas evitou estimar o superavit primário ideal.
"Tem de ser do nível necessário para estabilizar a dívida pública, mas é necessário tempo para atingir esse nível, com mudanças nos gastos obrigatórios", respondeu.
Também não quis se comprometer com uma meta para além de 2016. Respondeu que está focado "nas decisões finais do orçamento de 2016".
Analistas ouvidos pela Folha elogiaram a promessa de buscar o reequilíbrio das contas e a de fazer alterações na idade mínima para aposentadoria.
O problema, dizem, é que, com a saída de Joaquim Levy, o governo passa a não contar mais com uma voz discordante dentro da equipe econômica para servir de "contraponto e anteparo" a propostas que lembrem o modelo do primeiro mandato.
Um investidor destacou que, agora, restou a dupla Rousseff - Barbosa, que pensa de forma semelhante sobre política econômica: um modelo que aposta no papel do Estado como forte indutor do crescimento econômico.
Na avaliação de analistas, Barbosa ficará sempre sob suspeita, o que foi demonstrado nesta segunda pela reação do mercado à sua fala.
RESERVAS
Um dos organizadores do evento disse que, apesar de todas as dúvidas sobre o estilo de Barbosa, na conferência ele também ganhou pontos ao negar usar dinheiro das reservas internacionais para tentar fazer a economia reagir, uma das medidas na lista das consideradas "malucas" ou "extremas".
A ideia, defendida pela ala política do governo e por petistas, sempre contou com a oposição de Levy e do BC.
Analistas destacaram também que sua linha mais negociadora pode ser um ponto positivo no trato com o Congresso. Levy era visto como "rígido demais", o que teria contribuído para que algumas medidas propostas por ele não fossem aprovadas no Legislativo.
O maior temor do mercado financeiro é que ele ceda a pressões para que a economia brasileira volte a crescer a qualquer custo.Na conferência desta segunda-feira (21), Barbosa voltou a prometer que o governo não irá abandonar o ajuste fiscal, mas evitou estimar o superavit primário ideal.
"Tem de ser do nível necessário para estabilizar a dívida pública, mas é necessário tempo para atingir esse nível, com mudanças nos gastos obrigatórios", respondeu.
Também não quis se comprometer com uma meta para além de 2016. Respondeu que está focado "nas decisões finais do orçamento de 2016".
Analistas ouvidos pela Folha elogiaram a promessa de buscar o reequilíbrio das contas e a de fazer alterações na idade mínima para aposentadoria.
O problema, dizem, é que, com a saída de Joaquim Levy, o governo passa a não contar mais com uma voz discordante dentro da equipe econômica para servir de "contraponto e anteparo" a propostas que lembrem o modelo do primeiro mandato.
Um investidor destacou que, agora, restou a dupla Rousseff - Barbosa, que pensa de forma semelhante sobre política econômica: um modelo que aposta no papel do Estado como forte indutor do crescimento econômico.
Na avaliação de analistas, Barbosa ficará sempre sob suspeita, o que foi demonstrado nesta segunda pela reação do mercado à sua fala.
RESERVAS
Um dos organizadores do evento disse que, apesar de todas as dúvidas sobre o estilo de Barbosa, na conferência ele também ganhou pontos ao negar usar dinheiro das reservas internacionais para tentar fazer a economia reagir, uma das medidas na lista das consideradas "malucas" ou "extremas".
A ideia, defendida pela ala política do governo e por petistas, sempre contou com a oposição de Levy e do BC.
Analistas destacaram também que sua linha mais negociadora pode ser um ponto positivo no trato com o Congresso. Levy era visto como "rígido demais", o que teria contribuído para que algumas medidas propostas por ele não fossem aprovadas no Legislativo.
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