sexta-feira, 26 de maio de 2017

Mais mentiras tolas sobre Trump e sobre o pai das serpentes
Grã-Bretanha não “rompeu” com Estados Unidos e Theresa May não deu “puxão de orelhas” no presidente americano; pai do terrorista é da mesma laia
A tendência da imprensa progressista, americana e inglesa, a ter simpatia por terroristas em geral, desde que sejam da “comunidade”, e antipatia por Donald Trump está produzindo fenômenos que merecem alguma atenção.
Por exemplo, Ramadan Abedi deu várias entrevistas dizendo que seu filho maldito, Salman,  nunca, jamais se explodiria com uma bomba para matar meninas, garotas, garotos, garotos gay,  mães, pais e avós num show em Manchester.
A teoria do luminar do humanismo, que havia sido descrito “nos termos mais elogiosos” por colegas de mesquita quando ainda morava em Manchester, segundo uma precipitada reportagem do jornal digital Independent, é de uma “armação” feita pelos serviços de inteligência.
Só para prejudicar o coitadinho e fazer alguma coisa contra a “comunidade líbia”. Os vizinhos, inclusive, ficaram assustados quando forças policiais deram uma batida na casa do filhinho. Coitados dos vizinhos, imaginem só.
No meio de uma das entrevistas em que desfiava absurdos desse tipo, como se cuspisse na cara das vítimas, o bom senhor foi preso por sabe-se lá quais “forças de segurança” na Líbia, o país de origem ao qual voltou para continuar sua carreira de simpatizante e sabe-se lá mais o que  do fundamentalismo armado.
‘PROBLEMÁTICO’
O pai das serpentes era amigo de postar fotos no Facebook de um mais procurados terroristas da Al Qaeda, Abu Anas. A mulher dele, Samia Tabbal, chegou a dividir um apartamento com a mulher de Anas.
As duas e o terrorista se conheceram quando faziam engenharia nuclear em Trípoli. Anas montou a rede de computadores da Al Qaeda e escreveu um manual sobre bombas.
Outro filho de Ramadan Abedi também foi preso na Líbia.  Sabia dos planos do irmão e estava armando seu próprio atentado. A filha continua na Inglaterra, de onde informou: o irmãozinho querido matou aquela gente toda porque “via crianças muçulmanas morrendo em toda parte e quis se vingar”.
Que membros da família de serpentes, com ramificações terroristas por vários países, digam barbaridades assim, faz parte do show habitual: imaginem um bom rapaz, jamais faria uma coisa dessas, mas se fez teve lá seus motivos etc etc.
O espantoso é que um jornal como o Washington Post tenha dado uma reportagem sobre o maldito dizendo que, há um ano, dava sinais de que era “problemático”. Preocupado, o papaizinho querido o levou para a Líbia, junto com o irmão. É certamente o tipo de lugar onde pais extremosos preferem criar os filhos.
E qual era a preocupação? Os dois filhinhos queridos estavam com muita raiva por causa de outros “jovem” de origem líbia morto a facadas ao entrar em território de gangue inimiga. Achavam que era um caso de “crime de ódio contra a comunidade muçulmana”. Pronto, chegaram onde queriam chegar. A culpa é dos ingleses e, claro, da islamofobia.
FALSO PUXÃO
Outra mentira espalhada por quem deveria saber o que fala e escreve envolve uma decisão da polícia de Manchester de não passar mais informações para os serviços de inteligência dos Estados Unidos.
A “ruptura” aconteceu depois que o New York Times, com suas excelentes fontes nas referidas agências, divulgou detalhes e fotos do atentado. Um dia antes, todos os grandes canais de televisão americanos haviam dado o nome de Salman Abedi. A policia inglesa ainda estava atrás de cúmplices. O amplo acesso pode indicar que as informações chegavam da Inglaterra com baixo nível de sigilo.
A ministra do Interior, Amber Head, reclamou – mas não é doida de “romper” com o país de onde procedem as informações mais vitais para o combate ao terrorismo. Muito menos   Theresa May, perfeitamente no controle das faculdades mentais, daria um “puxão de orelha” no presidente dos Estados Unidos.
Ela estrilou, como estava na obrigação de fazer e “discutiu” a cooperação mútua com Trump no encontro de cúpula da Otan na Bélgica.
May  sabe perfeitamente que as agências de inteligência que passaram informações  sobre o ataque terrorista para diversos órgãos da imprensa americana são as mesmas de onde provem um fluxo constante de vazamentos altamente prejudiciais para Trump.
O presidente prometeu abrir uma investigação. Pura despistagem de seus enroscos com a Rússia, decretaram todos os jornais que, segundos antes, queriam pendurar a culpa da “ruptura”  inexistente na conta de Trump.
INCOMPETÊNCIA
Sob pressão, a polícia de Manchester fez uma bravata. É compreensível. O país inteiro vive momentos de assustadora tensão. São constantes as operações para prender cúmplices do terrorista de Manchester e é possível que exista pelo menos outra bomba similar à que ele explodiu, nas mãos de outro maldito.
O New York Times teve acesso às informações sigilosas sobre o atentado no estádio e decidiu publicá-las. As fotos e os detalhes da bomba colocada por Salman Abedi numa mochila de tecido; a trajetória feita pela parte de cima do corpo dele, separada do resto pela força da explosão; a posição das vítimas, em círculo ao redor do maldito; o impacto de porcas e parafusos que atravessaram paredes e furaram peças de metal; o sangue.
Como é um jornal de excelência, embora manchado pela distorção de reportagens movidas pelo ódio a Trump, não endossou bobagens como “ Reino Unido rompeu com americanos”.
O atentado de Manchester e as operações policiais que não param de descobrir desdobramentos de uma rede terrorista de proporções ainda desconhecidas criaram uma situação de grave crise.
Theresa May chegaria nadando de braçadas na eleição do próximo dia 8. Agora, enfrenta um eleitorado revoltado com a incompetência das autoridades. Salman Abedi era conhecido como potencial terrorista, mas entrava, ficava e saía do país sem o menor problema.
Combateu de armas na mão na Libia, ao lado de companheiros do Estado Islâmico. Foi ferido e levado para tratamento na Turquia. Há informações de que recebeu treinamento na Síria. Quatro dias antes do ataque, fez uma escala em Dusseldorf, vindo da Turquia.
A quantidade de casos similares na região onde ele morava em Manchester é de arrepiar. Adolescentes de famílias muçulmanas passam da pequena criminalidade para a militância no Estado Islâmico com facilidade espantosa.
“BRANCOS POBRES”
Cada nova foto de vítimas do atentado de Manchester , cada novo detalhe, é uma punhalada de dor e raiva. Meninas lindas no frescor da adolescência, boas alunas, alegres. Avós como dois poloneses radicados na Inglaterra, que haviam ido buscar a neta de 14 anos. Foram todos estraçalhados, mas a avó ainda resistia numa UTI.
Também, inconsciente, numa UTI está a mãe da pequena Saffie Rose, morta aos oito anos, a mais jovem das vítimas. A outra filha dela tem mais condições de sobreviver. O pai tem um pequeno comércio de “fish and chips”. Colocou um balão e um ursinho na frente da lanchonete. A calçada ficou coberta de flores.
As roupas, as tatuagens e o modo de falar inglês mostram que a maioria das vítimas e de suas famílias era das classes mais pobres – na Inglaterra, isso é medido criteriosamente. Choram em público, se abraçam, falam em “união” e cantam Don’t Look Back in Anger, de Noel Gallagher.
Um roqueiro de origem muito parecida com a desses “brancos pobres”, como são chamados com desprezo pela elite, Gallagher disse sobre o atentado: “Minha filha poderia estar lá”. E o que ele e todos os outros pais e mães poderiam fazer para proteger suas crianças de uma mochila com explosivos e parafusos? Nada.
E das mochilas que ainda virão?
É este sentimento de impotência que gera indignação, revolta, raiva e uma pergunta: por que tantas pessoas que odeiam visceralmente a Inglaterra foram morar lá , recebidas como refugiados com todos os benefícios, e geraram filhos alimentados no mesmo ódio que agora produz seus frutos malditos?

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