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Durante todos esses anos em que o líder russo, Vladimir Putin, estava se exibindo sem camisa, demonstrando sua técnica de faixa preta de judô e caçando baleias, uma pesquisadora do Pentágono estudava o presidente para tentar detectar pistas sobre o seu comportamento.
O Office of Net Assessments, uma espécie de centro de estudos e pesquisas para o secretário de Defesa dos Estados Unidos, gastou 300 mil dólares todos os anos, desde 2009, para estudar a linguagem corporal e os padrões de movimento de importantes líderes mundiais, entre eles Putin, que além de presidente também foi primeiro-ministro russo.
O almirante John Kirby, principal porta-voz do Pentágono, afirmou que Putin já tinha sido estudado em 2008, juntamente com o então presidente russo Dmitry Medvedev, e novamente em 2012.
Ele negou informações de que há um estudo em andamento sobre Putin por causa da crise na Ucrânia, e afirmou que as pesquisas sobre Putin "não serviram de base para quaisquer decisões políticas do Departamento de Defesa". Segundo Kirby, o Secretário de Defesa Chuck Hagel, nem sequer leu os relatórios.
"Não encomendamos um estudo sobre a linguagem corporal de Vladimir Putin", afirmou Kirby em coletiva de imprensa. "A pesquisadora determina por conta própria os indivíduos que quer estudar."
A líder das pesquisas é a cientista comportamental Brenda Connors. Com autorização do Pentágono, ela já publicou artigos sobre Putin, baseados em suas pesquisas.
Um artigo de 2004, publicado no Providence Journal, descreveu os movimentos de Putin como sendo os de "um homem com dificuldade para seguir em frente".
O artigo afirma que pela análise de vídeos é possível "descobrir a assinatura do estilo de movimento de uma pessoa, um padrão tão único quando uma impressão digital".
"A falta de habilidade de Putin para integrar movimentos causa obstáculos para o seu complexo exercício do poder", dizia o artigo.
"Suas demonstrações de judô mostram uma pessoa tentando avançar, mas seus padrões de movimento indicam um atraso. Alguém pode comparar isso ao desejo de levar a Rússia adiante, mas ainda presa ao passado soviético."
(Com agência Reuters)
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