terça-feira, 2 de setembro de 2014

O ANÃO DIPLOMÁTICO ATACA NOVAMENTE!

Brasil rejeita intervenção militar no Iraque para conter EI
ONU elabora nesta segunda uma resolução para enviar uma comissão de inquérito ao Iraque para avaliar crimes 
Jamil Chade - O Estado de S. Paulo
GENEBRA - O Itamaraty se posiciona ao lado de Rússia, China e Índia contra qualquer tipo de intervenção militar no Iraque sob o pretexto de combater o Exército Islâmico. Em um discurso nesta segunda-feira, 1, no Conselho de Direitos Humanos da ONU, o governo brasileiro condenou as violações cometidas pelo grupo extremista e pediu que os responsáveis sejam levados à Justiça. Mas também pediu que a forma de combate ao grupo seja por meio de um apoio ao governo do Iraque.
A ONU vota nesta segunda uma resolução que enviará à região uma comissão de inquérito para avaliar os crimes. Na semana passada, um levantamento da entidade apontou que os extremistas estavam cometendo crimes contra a humanidade e crimes de guerra na Síria. Agora, a meta da ONU é poder ampliar a investigação também para o Iraque.
Nesta manhã, a ONU confirmou que 1,4 mil mortes foram registradas apenas em julho por conta dos extremistas, além de 850 mil refugiados.
Em discurso antes da votação, a embaixadora do Brasil nas Nações Unidas, Regina Dunlop, fez questão de "expressar a profunda preocupação" do Itamaraty diante da crise no norte do Iraque. "O Brasil condena os abusos e violações", declarou a embaixadora, acusando o grupo de atacar civis, jornalistas e perseguir cristãos.
Dunlop confirmou que o Brasil "apoia a implementação" de uma missão que investigue as violações cometidas pelos extremistas islâmicos.
Mas o governo deixa claro que a forma de frear o movimento não é uma nova intervenção. "A ONU deve apoiar o novo governo do Iraque em sua tarefa de promover a estabilidade no país e o respeito aos direitos humanos", disse a diplomata.
"A comunidade internacional tem um papel importante a desempenhar no combate à escalada de violência que atualmente ocorre no Iraque. Mas, como os países dos Brics já declararam em julho em Fortaleza, o atual contexto exige que intervenções que acabem aprofundando a crise devem ser evitadas", disse. "Todas as ações devem apoiar os esforços do governo do Iraque a superar essa crise."
O Brasil ainda pediu que o novo governo iraquiano "trabalhe com a sociedade para encontrar uma solução negociada para conciliar as diferentes perspectivas de todos os atores envolvidos".

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